Após o protesto da última quinta-feira, quando os jogadores da Ponte Preta se recusaram a treinar em função dos salários atrasados, o elenco alvinegro voltou às atividades nesta sexta-feira e seguiu viagem rumo a João Pessoa, onde enfrenta o Botafogo-PB neste sábado, às 17h, pela 16ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro.
Antes do embarque, houve uma nova reunião entre elenco e diretoria no Majestoso. O encontro serviu para amenizar temporariamente a tensão no ambiente. Os jogadores reforçaram o incômodo com os vencimentos em aberto — a maioria com dois meses de atraso —, enquanto os dirigentes, por sua vez, reafirmaram o compromisso de resolver a situação o quanto antes. A promessa, no entanto, veio sem uma data concreta para o pagamento.
Com isso, a paralisação do elenco foi interrompida — ao menos por ora. A reapresentação ao trabalho foi considerada mais uma sinalização de confiança à diretoria do que uma resolução definitiva do impasse.
Em meio ao cenário de incertezas, a cúpula executiva realizou um gesto pontual para tentar conter a insatisfação: efetuou parte do pagamento do “bicho” prometido pelo dérbi contra o Guarani. Apesar do empate por 1 a 1, o elenco recebeu R$ 3 mil por jogador — metade do valor combinado. O bônus, ainda que simbólico, serviu como tentativa de mostrar boa-fé por parte da diretoria.
Apesar da vice-liderança na Série C e da proximidade de uma vaga na próxima fase, a Ponte convive com o risco de instabilidade interna justamente no momento mais decisivo da temporada. A expectativa é de que, mesmo diante das dificuldades, o grupo consiga manter o foco esportivo — e que a resposta definitiva da diretoria venha com aquilo que o elenco mais espera: o pagamento dos salários.
com informações da AFI
