Professor Eugênio Pacelli analisa clássico Treze x Campinense - SóEsporte
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Professor Eugênio Pacelli analisa clássico Treze x Campinense

O professor Eugênio Pacelli, da Universidade Federal da Paraíba, analisa o clássico Treze 1×1 Campinense, disputado neste domingo, em Campina Grande, no estádio Amigão. Ele tem cadeira garantida toda semana como colunista do www.soesporte.com.br

NO CLÁSSICO DOS MAIORAIS DEU EMPATE EM JOGO EQUILIBRADO

Treze e Campinense fizeram um jogo com chances para ambos os lados, muita marcação e
equilíbrio no meio campo resultando num empate em 1 X 1, fazendo justiça ao belo futebol
apresentado pelos jogadores do galo e da raposa. A nota negativa do clássico foi o pouco
público presente no estádio Amigão contradizendo a tradição desse grande clássico do
futebol brasileiro que é sempre disputado com casa cheia, tradição essa que não foi mantida
devido ao alto preço dos ingressos R$ 80,00 (oitenta reais nas cadeiras) sendo R$ 40,00
(quarenta reais para estudante), R$ 30,00 (trinta reais) na arquibancada principal e geral,
com os estudantes pagando R$ 15,00 (quinze reais) tanto na principal quanto na geral; com
esses preços praticados pela equipe do Treze que detinha o mando de campo apenas 6.110
expectadores foram ao Amigão, sendo que o público pagante foi de 3.551 pessoas, conforme
informações contidas no site do Treze.

A imprensa da serra da Borborema criticou ferreamente os preços exorbitantes praticados
pela diretoria do Treze Futebol Clube, inclusive em programas esportivos foi aberto espaço
para queixa de torcedores tanto do galo quanto da raposa que mostraram sua insatisfação.
Quanto à segurança dos torcedores, a briosa Polícia Militar da Paraíba montou um forte
esquema de segurança garantindo a tranqüilidade dos torcedores; inclusive, os portões
do lado da raposa só foram abertos cerca de vinte minutos após o término da partida. Boa
medida essa num clássico como esse, que realmente é de risco em caso de encontro entre
as duas torcidas; para se ter uma idéia, após o jogo, as duas torcidas ficaram trocando farpa
mesmo em lados opostos.

A minha opinião é que em clássicos como esse as torcidas fiquem em lados opostos. Hoje,
é notória a violência na sociedade brasileira, portanto nunca é demais proporcionar uma
boa segurança aos torcedores; isso só tem a favorecer ao espetáculo contribuindo para
que todos possam comparecer aos estádios sem medo de serem atingidos pela violência,
proporcionando a volta das famílias acompanhadas por crianças e mulheres.

Com a bola rolando o que se viu foi um jogo bem disputado, apesar da chuva fina, com uma
boa briga no meio de campo, onde as duas equipes tocavam bem a bola, boa movimentação
dos atacantes e um ritmo alucinante na primeira etapa, com as duas equipes buscando o gol,
num jogo com características de uma partida de xadrez. As equipes à medida que buscavam
o gol também eram bem organizadas na parte defensiva, mostrando um equilíbrio na parte
física sem que houvesse vantagem para nenhum dos lados; no campo de defesa as equipes
procuravam fazer uma marcação cerrada evitando dar espaços para que as jogadas de ataque
não fossem construídas com sucesso e, consequentemente, as brechas não aparecessem
para os atacantes da raposa e do galo. O técnico do Treze Marcelo Vilar entrou com três
zagueiros caracterizando o sistema de jogo 3 X 5 X 2, de forma que utilizou Adalberto, Saulo e
Anderson no miolo da zaga, com as alas sendo ocupadas por Ferreira e Celico, o meio campo
com Leomir, Doda (Cleiton Cearense) e Léo Rocha (Rone Dias), no ataque Braw (Vavá) e Márcio
Carioca. Pelo lado do Campinense Freitas Nascimento jogou no 4 X 4 X 2, com o miolo da
zaga composto por Breno e Ben-hur (Diego Padilha), as alas com Rogério Rios (Henrique) e
Renatinho, o meio campo com Rhuan e Luciano Totó na cabeça da área, Claudemir (Dio) e
Adriano Felício na armação, com o ataque sendo formado por Warley e Potita.

O primeiro gol da partida surgiu aos dezenove minutos e trinta segundos da primeira etapa
após a cobrança de um escanteio para o Treze no lado direito de seu ataque; na sequência do
lance, pelo lado esquerdo, aparece o elemento surpresa na grande área do Campinense o ala
direito Ferreira que foi um dos grandes nomes do jogo, aparece na grande área recebendo um
passe de Celico que dá voltando da linha de fundo, domina de perna direita a bola sobe um
pouquinho ficando na medida para mandar um balaço de perna esquerda no ângulo superior
direito do goleiro Sérvulo com a bola chegando a tocar no travessão, abrindo a contagem com
um golaço incendiando a torcida galista presente no estádio Amigão (1 X 0).

O Campinense mesmo sofrendo o gol não se afobou na partida e aos vinte minutos e trinta
segundos teve um gol anulado numa jogada criada pelo lado esquerdo em que Warley
recebe na risca da pequena área e empurra a bola para a rede galista, só que no lance o
assistente assinala impedimento do atacante da raposa e o jogo segue 1 X 0 para o galo, foi um
lance duvidoso que só o tira teima da rede globo seria capaz de acabar com a discussão de
raposeiros e galistas.

Aos vinte e quatro minutos o Treze chega com perigo e quase amplia o marcador após boa
jogada de Celico na entrada da área pelo lado direito que se livra do defensor Campinense
com uma bola entre suas pernas tenta a tabela com Doda que está a sua esquerda, Celico é
derrubado, porém Doda arrisca o chute rasteiro que passa a esquerda de Sérvulo, assustando
o torcedor raposeiro.

Aos vinte e seis minutos, o Campinense tem a chance de empatar com o meia Claudemir que
invade a área pelo lado esquerdo e frente a frente com o goleiro Beto dá uma cavadinha, é
travado por defensor, com a bola indo para fora a direita do goleiro Beto, para alívio da torcida
galista.

Aos trinta e quatro minutos, o Treze tem uma falta pelo lado direito de sua intermediária, no
ataque, distante da meta de Sérvulo, a bola é cobrada alta e forte no segundo pau para uma
boa defesa do goleiro do Campinense.

Aos trinta e seis minutos e trinta segundos, o Campinense chega com perigo pelo lado direito
após uma bola lançada rasteira na pequena área, no primeiro pau, o atacante da raposa divide
com o goleiro galista e ganha escanteio; o escanteio é cobrado por Rogério Rios, na direita,
lançando a bola na pequena área que é tirada de soco pelo goleiro Beto.

Aos trinta e nove minutos, surge o gol de empate, ainda na sequência do lance anterior, a
bola é alçada da direita na grande área do Treze, onde se encontra um bolo de jogadores, a
bola chega próximo ao segundo pau e o pequeno Potita salta mais alto do que a zaga trezeana
e cabeceia no canto direito de Beto, bola alta, sem nenhuma chance para o goleiro do galo;
dessa vez a festa muda de lado e a torcida raposeira solta o grito de alegria, comemorando o
gol de empate (1 X 1).

Aos quarenta e dois minutos, o Treze tem uma chance com Márcio Carioca na grande área,
pelo lado direito, que chuta cruzado rasteiro a direita de Sérvulo, pregando um susto na
torcida do Campinense. Era a última boa chance do jogo na primeira etapa que acaba 1 X 1.

No segundo tempo as equipes diminuíram o ritmo de jogo, mostrando mais cautela,

parecendo que estavam satisfeitas com o empate em 1 X 1, muito toque de bola na zona
intermediária, com as defesas plantadas e os ataques procurando chegar só numa boa; com
isso as chances reais de gol foram poucas para ambos os lados, nos últimos quarenta e cinco
minutos de bola rolando. O Campinense inicia o segundo tempo com uma mudança: o meia
Dio no lugar de Claudemir.

Aos nove minutos, Léo Rocha, pelo Treze, lado esquerdo, chuta forte a meia altura, a direita do
goleiro Sérvulo, que fica olhando a bola sair sem nenhum perigo de gol para sua meta.

Aos onze minutos e trinta, Léo Rocha é substituído por Roni Dias na equipe do Treze.

Aos doze minutos e quinze segundos, Rone Dias cobra escanteio pelo lado direito lançando a
bola forte e alta no segundo pau para boa defesa do goleiro Sérvulo do Campinense.

Aos catorze minutos, o Campinense chegava livre pelo lado esquerdo com Dio, que acaba
desperdiçando a jogada ao lançar a bola, a meia altura, no primeiro pau da grande área, que é
tirada pela zaga do Treze aliviando o perigo.

Aos vinte minutos e cinqüenta segundos, o Campinense quase marca numa jogada pelo lado
direito, na grande área, em que Potita fica frente a frente com o goleiro Beto, daí dá bola
açucarada voltando para o ala Rogério Rios na entrada da área que encobre o goleiro galista e
só não entra na meta trezeana porque um defensor tira de cabeça na pequena área.

Aos vinte e três minutos, o Treze chega com perigo pelo lado esquerdo, entrada da grande
área, o atacante de frente para o gol raposeiro é travado no momento do chute e a bola se
perde pela linha de fundo sem perigo para Sérvulo.

Aos vinte e cinco minutos e cinqüenta segundos, o Campinense chega com perigo na área do
Treze após lançamento de Rogério Rios, pela direita, com a bola chegando nos pés de Warley
na pequena área, que é travado ao arrematar para o gol trezeano. Na sequência do lance, a
bola é dominada por Renatinho, no lado esquerdo, bico da grande área, que solta a bomba á
direita de Beto pegando na rede pelo lado de fora, numa bola alta que chegou sem perigo.

Aos vinte e nove minutos, o Treze coloca Cleiton Cearense no lugar de Doda.

Aos trinta minutos, o Campinense coloca Henrique no lugar do ala direito Rogério Rios. Em
seguida entra Diego Padilha no lugar de Ben-Hur.

Aos trinta e sete minutos, o Campinense rouba uma bola no círculo central, lança seu atacante
na intermediária, que estava no mano a mano com a zaga trezeana, tinha uma avenida
para chegar na cara do gol, porém é sancionado pelo assistente por estar em posição de
impedimento.

Aos quarenta e um minutos, o Campinense pega a defesa do Treze aberta e numa bola em
diagonal, pelo lado direito de sua defesa, é feito um lançamento para o atacante Warley que
disputa com o zagueiro do Treze, os dois caem na grande área e o árbitro João Bosco aplica o
cartão amarelo no jogador do Campinense interpretando como simulação de falta. No lance
João Bosco se encontrava distante da jogada haja vista que a jogada se desenrolou após um
lançamento longo. O Warley ia chegar cara a cara com o goleiro Beto com chances de marcar o

segundo gol para o Campinense. Vendo o lance na TV observa-se que o Warley foi empurrado
pelo jogador trezeano caracterizando uma falta que seria cobrada com tiro livre direto a favor
do Campinense e que levaria muito perigo; o lance do empurrão no Warley aconteceu na
risca da grande área ou dentro da grande área, foi um lance muito rápido em que defensor e
atacante terminam caídos na grande área da defesa do galo.

Aos quarenta e três minutos, o Campinense chega livre com Potita, na grande área, lado
direito, que recebe livre porém demora no lance e a zaga trezeana chega na marcação tirando
a chance de arremate do atacante Campinense que tinha tudo para virar o marcador.

Aos quarenta e seis minutos, já nos acréscimos, no último lance de perigo, o Treze quase
marca com Celico que chuta rasteiro a esquerda de Sérvulo que acompanha a bola com
o golpe de vista. E assim termina o clássico dos maiorais valendo pelo primeiro turno do
Campeonato Paraibano de Futebol Profissional, edição 2012: Treze 1 X 1 Campinense.

eugeniopacelli_futebolcampeonatoparaibano2012@hotmail.com

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