Está difícil acreditar que estou no Brasil onde se prega a democracia, o respeito ao direito do homem. A cada dia que passa acredito menos nos nossos poderes. E olhe que temos constantes exemplos desde a política, a segurança, a liberdade de expressão e o direito de ir e vir.
Nesse embate CBF x Treze da Paraíba o nosso representante paraibano tem total e irrestrita razão. Acontece que a desorganizada CBF não quer reconhecer o seu erro e, pasmem, ainda encontra apoio em determinado seguimento da justiça. No caso a Desportiva.
A entidade nacional que rege o nosso futebol já faz tempo que está desorganizada, desacreditada, principalmente pela maneira ilegal, irreal e ditatorial como vem regendo o que deveria ser de maneira democrática, organizada, participativa e sem arrogância tal qual se comporta.
E não só a CBCF, mas quase todas as Federações de Futebol do País comungam de igual conduta. A nossa, a da Paraíba, por exemplo, já se tornou um patrimônio da família Gomes. Começou com Dr. Juraci Pedro Gomes, hoje está sob o comando da sua esposa Dra. Rosilene de Araújo Gomes.
Há mais de 20 anos que os Gomes dominam nosso futebol, fato que tem levado ao regresso, haja vista a Paraíba já ter sido destaque nacional com participações inesquecíveis ao tempo em que a coisa era levada a sério. Já fomos da elite do futebol brasileiro, hoje estamos no caminho da Série Z.
No caso do Treze, com toda e total razão, a nossa Federação não dá uma “mãozinha” favorável. Cala-se completamente para não perder a “boquinha” da CBF com viagens internacionais e outras. O “Galo” luta sozinho sem nenhum apoio logístico, sequer, da FPF.
Estou torcendo e dando razão a direção galista que não se curvou a CBF e, dentro do seu direito cristalino, tem se comportado com altivez sempre buscando o remédio jurídico que a CBF não quer reconhecer. A nossa Justiça também dá suas “mancadas” deixando a desejar suas decisões.
O Treze não está querendo tirar direito de ninguém. Está buscando o seu. E nesse ponto deve seguir, mesmo porque o STJD não pode, constitucionalmente, sobrepor suas decisões às da Justiça Comum. Hoje o placar está Treze 8 x 0 CBF. E nessa goleada de entendimentos está a prova do direito.
Agora nos resta assistir outra peleja: Justiça Comum x STJD. Se há justiça no Brasil, se prevalece o que determina a Constituição e se realmente estamos num País democrático, acredito que a CBF vai pagar o maior “mico” da história esportiva mundial ao fazer acordo estranho e não segurar a “peteca”. Que País é esse! Na CBF e Federações, MUDANÇAS JÁ!
(P/P Adamastor Chaves)