O clássico dos maiores entre Campinense e Treze, nesse domingo, 01 de abril, foi marcado por um espetáculo bonito no campo de jogo, com muita festa, foguetório, fumaça colorida e um futebol digno de decisão de Campeonato. Os números do jogo: como passes certos e errados, os chutes a gol, as bolas perdidas e a estatística no geral mostram que a expulsão do atacante Thiago Cunha contribuiu para a raposa sair vitoriosa no clássico.
O primeiro tempo mostrou que o Campinense buscava o gol com seus jogadores atacando em bloco, enquanto que o Treze apostava nos erros da raposa puxando contra ataques em velocidade visando pegar a defesa aberta. No primeiro tempo foram seis jogadas de contra ataques do Treze contra apenas uma do Campinense.
O Campinense trabalhava a bola buscando o melhor momento para concluir a jogada, sendo premiado aos trinta e três minutos numa jogada de linha de fundo, com o Renatinho pelo lado esquerdo cruzando na pequena área para Warley que chegou de surpresa praticamente no segundo pau cabeceando a bola no canto direito do goleiro trezeano que nada pode fazer. O empate do Treze aconteceu pelo lado esquerdo aos quarenta minutos, numa jogada em que o zagueiro Diego Padilha tentou cortar um passe na intermediária e acabou falhando com a bola resvalando no seu pé e sobrando livre, no lado direito da grande área, para Márcio Carioca que dominou e chutou rasteiro a esquerda do goleiro Pantera empatando a partida (1 X 1), num lance em que a defesa do Campinense estava aberta.
Na primeira etapa a equipe do Treze chutou oito bolas na meta raposeira, sendo sete chutes errados; já pelo lado do Campinense foram quatro chutes a meta adversária, sendo um errado e duas conclusões com o uso da cabeça, na qual uma das cabeçadas resultou no gol de Warley.
Além dos gols que fecharam o primeiro tempo em 1 a 1, o Campinense criou três chances reais de gol, uma delas ocorreu com o meia Adriano Felício que fez boa jogada individual na entrada da área e chutou colocado no canto direito porém a bola foi interceptada pela zaga do Treze. Já pelo lado do Treze foram duas oportunidades claras de sair o gol numa delas Doda frente a frente com Pantera chutou praticamente no meio do gol com a bola raspando o travessão.
Os números do primeiro tempo mostram que o Campinense cobrou 8 tiros de meta, acertou 97 passes, fez 5 jogadas de linha de fundo, 1 jogada de ligação direta, 2 jogadas individuais, 1 lançamento em diagonal, teve 1 escanteio a favor, seu ataque ficou impedido 1 vez, cometeu 6 faltas, errou 18 passes, teve 11 bolas perdidas para a defesa do Treze.
Os números do Treze no primeiro tempo, mostram que a equipe cobrou 3 tiros de meta, acertou 79 passes, fez 2 jogadas de linha de fundo, 2 jogadas de ligação direta, 1 jogada individual, 4 lançamentos em diagonal, teve 1 escanteio a favor, seu ataque não ficou impedido, cometeu 11 faltas, errou 22 passes, teve 5 bolas perdidas para a defesa do Campinense. Aqui foi considerado como bola perdida as jogadas em que o atacante tentava driblar seu marcador.
Pelo que pode se observar nos números o resultado do primeiro tempo do clássico dos maiorais (1 X 1) foi um resultado justo, pois se o Treze tinha a arma do contra ataque e mostrava ineficiência no seu aproveitamento, observa-se que o Campinense atacava trocando passes pacientemente próximo a grande área do galo que conseguiu neutralizar a maioria dessas jogadas da raposa. O retrato do jogo mostrava uma partida de ataque continuado pelo lado do Campinense e contra ataques rápidos pelo lado do Treze.
Os números da segunda etapa foram diferentes da primeira etapa, marcado principalmente pela expulsão do atacante Thiago Cunha do Treze, aos 16 minutos, ao cometer uma falta por trás numa bola que não tinha perigo de gol e o adversário estava de costas para a meta trezeana, na intermediária do campo de jogo lado direito da defesa do galo; pode se dizer que foi uma falta infantil e decisiva para o resultado final da partida a favor do Campinense que venceu por 2 X 1.
A saída do Thiago Cunha por motivo de expulsão quebrou o plano tático de jogo da equipe galista, passando a sacrificar seus jogadores, que a partir daí tiveram que se desdobrar em campo e isso motivou mais a equipe da raposa para buscar a tão necessitada vitória, que acabou acontecendo. Jogar com um a menos representa uma grande vantagem para o adversário que passa a ter mais espaço para construir as jogadas.
O Campinense depois que fez 2 X 1, aos 28 minutos, através do atacante Potita, passou a se preocupar em garantir o resultado recuando sua equipe deixando o tempo passar pouco indo ao ataque.
Só que o Campinense tem time para ser mais ousado e num momento como esse poderia usar a arma do contra ataque para aumentar a vantagem adquirida e não correr riscos de sofrer o empate, como poderia ter sofrido.
Os números da segunda etapa mostram o recuo do Campinense abandonando a proposta de jogo da primeira etapa quando fez uma partida de igual para igual contra o Treze. Mostra também que o galo se desestruturou com a expulsão do Thiago Cunha passando a cometer muitos erros nessa etapa do jogo. O desespero tomou conta da equipe do galo que passou a jogar na vontade e na garra dos seus atletas tentando um resultado positivo que não veio.
Começando pelos números do Treze, a segunda etapa mostrou que a equipe cobrou 2 tiros de meta, acertou 107 passes, fez 7 jogadas de linha de fundo, 2 jogadas de ligação direta, 1 jogada individual, 1 jogada de contra ataque, nenhum lançamento em diagonal, teve 2 escanteios a favor, seu ataque não ficou impedido, cometeu 8 faltas, chutou 11 vezes a gol sendo 7 chutes errados, concluiu 2 vezes com a cabeça, errou 17 passes, seu goleiro fez uma defesa milagrosa, teve 4 oportunidades claras de gol, 2 cartões amarelos, 2 cartões vermelhos (Thiago Cunha/Neto Maranhão) e 3 bolas perdidas para a defesa do Campinense.
Os números do Campinense na segunda etapa mostram que a equipe jogou pelo resultado, se preocupando em garantir a vantagem construída (2 x 1): cobrou 10 tiros de meta, acertou 73 passes, fez 2 jogadas de linha de fundo, 11 jogadas de ligação direta, 1 jogada individual, 1 jogada de contra ataque, 1 lançamento em diagonal, teve 2 escanteios a favor, seu ataque não ficou impedido, cometeu 13 faltas, chutou 3 vezes a gol sendo 2 chutes errados, concluiu 2 vezes com a cabeça, errou 17 passes, seu goleiro fez duas defesas milagrosa (um chute de fora da área e uma cabeçada na grande área), teve 2 oportunidades claras de gol, 3 cartões amarelos, 1 cartão vermelho (Diego Padilha) e 10 bolas perdidas para a defesa do Treze.
Os números mostram que o Campinense apesar da vitória conquistada em cima do Treze por 2 X 1, não passa confiança para seu torcedor, foi uma equipe que começou jogando de uma forma com um padrão tático de jogo definido sabendo o que queria na partida, mas que na segunda etapa quando passou a ter um jogador a mais e chegou a ter a vantagem no marcador se deixou envolver pelo adversário se perdendo taticamente na peleja. Foram muitos chutões para frente e quando a equipe perdia a posse da bola era acuada no seu campo de defesa.
O Treze é uma equipe que tem se mostrado organizada, um adversário perigoso sabendo o que quer jogo a jogo, mas que se perdeu na partida contra o Campinense quando teve um jogador expulso após os primeiros quinze minutos do segundo tempo.
O equilíbrio entre Campinense e Treze está imperando nessa edição do Campeonato Paraibano de 2012, de forma que não dá para dizer que há uma equipe melhor do que a outra. Cada jogo será uma história diferente em que o apoio do torcedor será fundamental para motivar os jogadores nas quatro linhas, havendo a necessidade da inteligência tática dos treinadores aliado a um controle emocional dos atletas que deverão por em prática a orientação de seus comandantes. Evidencia-se também a criatividade e o entrosamento da equipe no campo de jogo que aliada à determinação de vencer são fatores que ajudam muito na consecução do resultado positivo.
A idéia tática de cada treinador se reflete nas características dos jogadores escalados para cada confronto e nesse jogo em que o Campinense saiu vitorioso à equipe começou no sistema 3 X 5 X 2, com o técnico Freitas Nascimento escalando 3 zagueiros Breno, Ben-Hur (Anderson Oliveira) e Diego Padilha, 2 alas Madson e Renatinho, 3 jogadores compondo o meio de campo Anderson Paulista, Henrique (Rhuan) e Adriano Felício (Claudemir), com 2 atacantes Warley e Potita.
O Treze foi escalado pelo treinador Marcelo Vilar no sistema 4 X 4 X 2, jogando com dois zagueiros, porém como não está com todo seu elenco à disposição teve que improvisar um meio campista na ala esquerda, passando a utilizar 5 jogadores de meio campo entre os 11 que iniciaram a partida. A equipe utilizou os seguintes atletas:Felipe Eduardo; Celso (Tiago Messias), Anderson, Adalberto, Leomir (Manú); Amaral Rosa, Neto Maranhão, Carlos Alberto, Doda; Thiago Cunha e Márcio Carioca (Vavá).
O árbitro do jogo foi Adalberto Moésia que teve uma boa atuação, numa partida sem lance polêmico.
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