Robinho recebe pedido de extradição e mandado de prisão internacional
O Ministério Público de Milão, na Itália, enviou ao Ministério da Justiça um pedido de
extradição e um mandado de prisão internacional contra o jogador Robinho,
condenado por violência sexual no país.
Segundo o Ministério Público, o crime aconteceu na Sio Café, conhecida boate de
Milão, em 22 de janeiro de 2013. Na época, Robinho atuava como um dos principais
atletas do Milan. Além dele e do amigo, outros quatro brasileiros participaram da
violência sexual contra a vítima. Os brasileiros teriam embriagado a jovem e a
violentado sexualmente diversas vezes. A defesa do jogador, na época, afirmou que
não existem provas de que a relação foi sem consentimento. Mas, a forte acusação
foi baseada no depoimento da vítima e em conversas telefônicas interceptadas do
grupo de suspeitos, com comentários pejorativos sobre o ocorrido.
Conforme a Constituição Federal de 1988, não é permitido que brasileiros natos
sejam extraditados, em caso de condenação proferida em outro país, no entanto, a
medida pode permitir que o atleta seja preso caso decida deixar o Brasil. Se ele
fosse cidadão italiano seria delegado um mandado de prisão para cumprir na Itália,
assim como funciona no Brasil. Entretanto, Robinho é brasileiro e está no Brasil.
Robinho e Falco foram condenados em primeira instância em novembro de 2017 e
na Corte de Apelação em dezembro de 2020, com a pena definitiva no dia
19/01/2022.
Além dos noves anos de reclusão confirmados, Robinho também terá de pagar uma
indenização de 60 mil euros (cerca de R$ 372 mil na cotação atual).
O ministério italiano ainda deve enviar o pedido formal de prisão e extradição para a
pasta brasileira nos próximos dias. Com o mandado de prisão internacional em
aberto, os condenados podem ser presos se viajarem para outro país que tenha
acordos do tipo com a Itália.
Por Julia Hellen – Estagiária