Um sábado, dia 9 de setembro de 2023, me aparece uma foto como se fosse uma imagem viva de José Valter Marsicano, no campo do do Santos Futebol Clube de João Pessoa, o Santos de Tereré, que completa mais uma data de sua fundação. O Santos foi criado no dia 9 de setembro de 1949.
As lembranças do meu amigo Tereré, que fundou o Santos e muito mais que um clube, um monumento esportivo, com um centro de treinamento, que revelou uma série de atletas que representaram o futebol paraibano no Brasil e no Mundo.
Esquerdinha que saiu do Santos para atuar em clubes como Botafogo-PB, Fluminense Carioca, Porto de Portugal, Fiorentina da Itália.
Sim. Teve ainda Almir que se destacou com a camisa do Botafogo Carioca, jogou na Ponte Preta-SP, Flamengo-RJ, Treze e esteve no futebol da Coreia do Sul.
Mas quero falar de alguns momentos que acompanhei Tereré. Certa vez estive no CT do Santos e Tereré me mostrou alguns equipamentos de academia. O espaço onde seria construído o refeitório, dormitório, onde os garotos vindo de outras cidades ficariam alojamento.
Testemunhei suas visitas à Federação Paraibana de Futebol, buscando regularizar jogadores, ou contentando falhas da mentora.
Quando o Santos completou 50 anos seria realizada uma grande festa. Foi parada uma revista mostrando as conquistas de toda história do Santos. Mas faltando três dias para o acontecimento aconteceu o falecimento de Tereré. Tivemos de modificar a capa da revista, colocando uma foto do timoneiro do Santos.
Mas além de Tereré, não podemos esquecer de Leonardo Marsicano (in memoriam) que fez muito pelo Santos.
Segundo falou o historiador e responsável pela coluna Causos e Lendas do Nosso Futebol, Serpa Di Lorenzo, “três desportistas sonhadores, Jonatas Figueiredo de Souza, Renato Queiroz Fernandes e José Walter Marinho Marsicano, no dia nove de setembro de 1949, sentados em uma Praça localizada na Rua Odon Bezerra, Tambiá, em frente ao atual prédio da Federação Paraibana de Futebol fundaram o Santos Futebol Clube de João Pessoa. Não resta dúvida que a escolha do nome foi uma singela homenagem ao time paulista.
Por muitos anos o Santos Futebol Clube disputou a primeira divisão do campeonato paraibano de futebol com equipes modestas, utilizando jogadores jovens e prata da casa. Era um misto de juvenil com amador com garra e vontade competindo com os profissionais. Onde faltava recursos e meios, sobrava improvisação e disposição”.