SESSENTA E NOVE PRIMAVERAS
“O vermelho é o meu sangue, o verde a esperança de vencer”.
Na última terça-feira passada, dia 27 de fevereiro, às 19 horas, em sua sede social, situada na tradicional avenida Cruz das Armas, a Associação Atlética Portuguesa –AAP comemorou os seus 69 anos de fundação e glórias. Fundada por treze jovens desportistas, aquela equipe rubro-verde tem enormes serviços prestados para a cidade de João Pessoa, ajudando na formação social, intelectual e física de adolescentes.
Depois de conquistar vários títulos em todas as categorias de base em competições patrocinadas pela Federação Paraibana de Futebol, inclusive no futebol feminino, e ter contribuído no surgimento de várias consagradas carreiras como as de Chicletes e de Chico Matemático, citando aqui apenas esses dois exemplos, a Lusa de Cruz das Armas passou um bom tempo sem participar das competições oficiais chanceladas pela FPF e com o seu departamento de futebol inativo. Aliás, lamentavelmente essa é a regra em nossas tradicionais equipes amadoras da nossa capital: Estrela do Mar de Jaguaribe, Central de Cruz das Armas, Jangadeiro do 13 de maio, Ibis da Torre, ABC de Jaguaribe, 5 de agosto do Varadouro, América do Varjão, Diamante de Tambiá, Onze e Guarani do Roger e tantas outras agremiações que aos poucos foram fechando as suas portas ou abandonando as competições oficiais.
A atual diretoria da APP, presidida pelo senhor Antônio Carlos Andrade de Medeiros, o popular Basa, conseguiu mesclar dirigentes novos com muita vontade e disposição, com a histórica velha guarda da agremiação, abnegados senhores muito experientes que sempre contribuíram, dentro ou fora das quatro linhas com a Lusa.
Pois bem. Reativado pela atual diretoria o seu departamento de futebol da AAP, já foi possível apresentar na festa de aniversário o elenco de atletas aptos para a disputa da categoria sub 15, competição organizada pela FPF e que terá início agora no mês de março. Foi uma alegria para todos, ver aquela garotada, disciplinada, orgulhosa e uniformizada, descendo as escadarias da sede com as cores rubro-verde. Foi a parte mais emocionante da noite festiva. Com certeza, muitos dos presentes viajaram no tempo, voltando aos gloriosos anos 60, 70 e 80 do clube.
Os que já partiram, com certeza assistiram tudo lá do céu e alegres ficaram com os novos rumos seguidos pela agremiação. Sabemos que é apenas um recomeço, que muita coisa ainda precisará e será realizada pelos atuais dirigentes, colaboradores e simpatizantes da Associação Atlética Portuguesa – AAP.
Viva a lusa de Cruz das Armas!
Por Serpa Di Lorenzo