“Show de Bola”: livro digital traz poemas bem-humorados que relatam as delícias e malícias de uma partida de futebol - SóEsporte
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“Show de Bola”: livro digital traz poemas bem-humorados que relatam as delícias e malícias de uma partida de futebol

Com prefácio do jogador Raí, a obra dos autores José Santos e Jonas Worcman de Matos será lançado no Lounge 100 anos de seleção brasileira nesta quinta-feira, dia 26.

A primeira vez que o homem impulsionou uma bola com o pé ele não podia imaginar no que esse gesto resultaria. Há divergências quanto ao surgimento do futebol, mas de uma coisa ninguém discorda: o esporte é hoje um dos mais populares e adorados do do planeta.

E foi essa paixão que fez com que José Santos e seu filho Jonas Worcman de Matos escrevessem Show de Bola, compilação de poemas bem-humorados que relatam as delícias e malícias de cada partida, com prefácio do ex-jogador Raí e música de Guca Domenico, que foi da banda Língua de Trapo. O livro, que teve sua versão impressa lançada em 2010, quando Jonas tinha apenas 14 anos, ganha agora sua versão digital, que os autores apresentam no próximo dia 26 de junho, a partir das 15 horas, no Museu do Futebol, em São Paulo.

Por meio de um aplicativo disponível para iPad, os leitores podem conferir todo o conteúdo da obra, mas com outras funcionalidades proporcionadas pelos recursos multimídia. Todos os poemas são narrados e as páginas contém vários elementos interativos. Além disso, há 3 opções de idiomas.

“Há possibilidade da leitura ser feita toda em inglês, espanhol ou português, inclusive as narrações feitas por mim e por meu filho”, diz José Santos, que promete muita interatividade com o público que passará pelo museu.

Ele e Jonas darão um verdadeiro show no Lounge 100 anos de seleção brasileira, espaço montado no Auditório Armando Nogueira onde a apresentação será feita. Além dos dois, Guca Domenico também estará presente no evento.

Alguns poemas que compõem a obra:

O DIA EM QUE A TERRA PAROU (Jonas)

O monte Everest sem nenhum alpinista

e a Marginal Tietê sem carros na pista.

O Cristo e o Pão de Açúcar abandonados.

O Taj Mahal e o Central Park inabitados.

O Muro das Lamentações

sem nenhuma reza, sem nenhum choro.

E ninguém no funeral do Mar Morto.

O Coliseu, sem gente por perto,

e o Saara, como sempre, deserto.

Mas todas as tevês do planeta

estão ligadas e ninguém perde um segundo.

Porque estão todos vidrados

na final da Copa do Mundo.

TARDE INSPIRADA (Jonas)

Sou o camisa 10 do maior clássico do ano.

Melhor que eu? Nenhum ser humano.

Chapéu, rolinho, drible da vaca,

carretilha, elástico,

bicicleta, gol de placa

e até um passe fantástico.

E tudo isso eu fiz

pra deixar a torcida feliz!

Depois desse jogo

me sinto invencível.

É a melhor tarde da minha vida!

Um momento inesquecível.

Mas, esse meu dia de jogador

acabou

com o barulho do despertador.

FUTEBOL DE MENINA (José)

Para Marcela, Lalá e Marta.

Houve

um tempo

em que

futebol

não tinha

menina.

Ah, isso

não era vida!

Elas só

ficavam

na torcida.

Agora,

na quadra,

na grama,

na areia,

com bola

de couro

ou de meia,

elas fazem

o jogo

ficar diferente,

mais bonito

e sorridente.

E ainda jogam melhor que a gente.

CAMISA 10 (Jonas)

Esse manto pode cair

na mão de qualquer um.

Seja um menino forte e gigante

ou um magrelinho que se acha bastante.

Mas todos são fora do comum.

Para o verdadeiro dez

não basta habilidade nos pés,

ele também precisa

suar a camisa

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