por Raimundo Nóbrega

Depois de ser titular em grandes times do Brasil, como Inter, Grêmio e Palmeiras, o presidente do nosso Botafogo, Carlos Santos, cujo diretor de futebol era Tavinho Santos, seu irmão, trouxe o volante Vitor Hugo para ser titular do time, em janeiro de 1985, quando disputaria o Campeonato Brasileiro da Série A e o Campeonato Paraibano.
Vitor Hugo era o que se pode chamar de “volante-raiz”. Hoje não jogaria de 2o volante. Seria um 1o volante, um volante de contenção. Vitor Hugo se destacou por inúmeros e elegantes carrinhos que aplicava no adversário, recuperando a bola sem fazer falta. Era um grande lider. Por isso, logo se transformou em técnico.
No Belo foi Campeão Paraibano de 1986. Vitor Hugo foi campeão como treinador e também jogador. Deixa eu explicar melhor.
Durante o 2º turno, o técnico e jogador Vitor Hugo entrou em litígio com a diretoria por falta de pagamento de salário. Resolvido o impasse, ficou acertado que Vitor Hugo seria só jogador, e foi contratado Mauro Fernandes em seu lugar, como técnico. Mauro, em primeiro ato, dispensou o meia Lula, titular da equipe, que tinha ido pra Campina Grande curtir o São João. O Campeonato Paraibano foi suspenso no mês de junho para as comemorações do São João. Mas Mauro queria o time treinando.
Mauro aproveitou a pausa do Campeonato e pediu a Vitor Hugo que fizesse um trabalho físico intensivo que ele, Vitor Hugo, voltaria a jogar como titular, no lugar de Lula. Finalmente, no início de julho o estadual retomou já com a decisão em melhor de três. E o Belo foi Campeão, decidindo contra o Treze.
VITOR HUGO BARROS – ou simplesmente Vitor Hugo – nasceu em Porto Alegre-RS em 21 de maio de 1952. Tinha completado, pois, 93 anos. Morreu hoje, em João Pessoa, depois de travar uma luta contra o câncer.
Todos os Botafoguenses nos solidarizamos com família e amigos do ex-atleta, neste momento de dor.
