VIVA O PALMARES ESPORTE CLUBE
O dia foi o representativo 1º de maio. Logo cedo fomos para a moderna Arena de Valdeci Santana, o nosso Ademir da Guia, que me presenteou com uma relíquia que será motivo de um artigo à parte. Sim, ali foi comemorado o tão esperado aniversário de 58 anos do PALMARES ESPORTE CLUBE, ora presidido pelo desportista Paulo Morais, que vem fazendo um dinâmico trabalho para erguer aquela tradicional agremiação do bairro da Torre. A nossa missão era levar os dois quadros do Causos & Lendas do Nosso Futebol, para enfrentar a velha guarda do alviverde da torre. E dentro do gramado, prestar uma simbólica homenagem ao goleirão Fernando, aquele que defendeu o Botafogo, o Auto Esporte e o Campinense. O Palmares tinha em seus quadros grandes atletas do passado, como Chico Alicate, Benício, o pé de limão, e Vavá. Aliás, por falar em Vavá, ele foi para o vestiário para vestir o nosso uniforme e, por uma manobra de deixar Zé Santos de queixo caído e cabelo em pé, saiu vestido com as cores do nosso adversário. O Dr. Marcos Bita, o seu empresário, quando indagado “disse nada a declarar”.
Na primeira partida, vencemos por 4×2, tentos marcados por Marcílio Braz Petrovick, duas vezes, Régis Guru e Geraldo Varela, sim, ele mesmo, o editor de esportes do jornal A União. Entramos em campo com Valdeci, Toinho Maracanã, Mineiro, Bartolomeu e Epitácio, Gilson Leite, Régis Guru, o Velho da Lancha e Sérgio Meira. Entraram, depois, Gilson Junior, Marcílio, Aderson e Varela. A segunda partida, também foi vencida por nós, com gols de Washington Lobo e Dão. O nosso segundo quadro, entrou em campo com Fernando, Pimentel, Washington Lobo, Washington Luís e Lelo, Odon, Ademir, Chocolate e Eudes Guedes. Depois entraram Tavinho, Veronilson, Guilherme e Mário Dornelas, os dois últimos atletas do Sub 100. Naná e o artilheiro Chico Matemático continuam entregues ao DM.
Quando faltavam dez minutos para acabar a segunda partida, Ailton Cavalcante, presidente da Acep, improvisado como árbitro, fez uma pausa para que todos adentrassem no gramado para fazerem uma justa homenagem a Fernando, na presença dos emocionados familiares. A ele, foi entregue, um troféu e um certificado, discursos, aplausos e muitos abraços. Tudo na presença de seu Gérson, da Ponte e Preta e seu filho Ruy, Josinaldo, filho do saudoso seu Machado do Vera Cruz, do craque Telino, que veio de Natal, do decano Eudes Moacir Toscano, Luciano Santos, que veio de Campina Grande juntamente com Dão e Pedro Nunes, este último veio da cidade de Arara. Na torcida, o comentário era unânime: Como eles ainda jogam fácil. Como o nosso futebol já foi bonito. Como, a bola é bem tratada por um setentão Odon. Que visão de jogo possuem Dão, Chocolate, Regis Guru, Vavá, Benício, Ademir e Eudes. Que segurança transmitem os xerifes Washington Lobo, Mineiro, Washington Luís e Chico Alicate. Ao término das duas partidas, o anfitrião Paulo Morais entregou vários certificados, agradeceu a presença de todos, em especial das autoridades e serviu uma lauta feijoada com cachaça, suco e muita fruta. O goleiro Valdeci se juntou a Gilson Gênio, presidente Moraes, Barbudinho, Dr. Marinaldo e mostraram que são muito bons de talheres e copo.
Quem foi prestigiar o evento saiu bastante satisfeito, viu um pouco do nosso rico e histórico futebol, contado não por historiadores e órgãos de imprensa, mas diretamente por aqueles que, dentro do gramado, escreveram o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.
Por Serpa Di Lorenzo
Causos & Lendas do Nosso Futebol