VOCÊ SE LEMBRA DE TOINHO LEITEIRO?
Ele nasceu na pequenina e aconchegante cidade de Fagundes – PB, precisamente no dia 08 de julho do ano de 1950, os seus pais o batizaram com o nome de ANTÔNIO VALDIVINO DE ALBUQUERQUE, mas para o mundo da bola ele ficou conhecido como o atacante “TOINHO LEITIEIRO”.
Em 1967, quando o nosso homenageado ainda era adolescente e morava na cidade de Queimadas-PB, o seu futebol começou a chamar a atenção e despertar os grandes clubes da famosa Rainha da Borborema, resultando em sua ida para o quadro juvenil denominado de “Trezinho”. No início do ano de 1968, Toinho, que jogava de centroavante e ponta direita, já estava integrado ao departamento profissional do Treze Futebol Clube.
Logo no início de sua carreira, enfrentando o Sport Club do Recife, em uma quarta-feira noturna na famosa Ilha do Retiro, Toinho chocou-se com o goleiro rubro-negro e saiu de campo contundido, passando mais de seis meses ausente dos gramados. A sua força de vontade e apoio familiar fizeram com que ele retornasse no final do ano de 1968 aos gramados. Quando foi no ano de 1970, disputando o então Torneio Mistão 70, um olheiro do Sampaio Corrêa Futebol Clube gostou do seu futebol e o levou para jogar nas terras do poeta Gonçalves Dias.
Toinho era um atleta franzino que possuía bastante habilidade e senso de colocação dentro de campo. Não havia bola perdida para ele. Os técnicos sabiam que podiam contar com um jogador que resolvia nas posições de centroavante, ponta direita e também de meia direita. Por onde passou contribuiu com um futebol bonito e jogado para frente.
Em São Luís, Toinho Leiteiro reencontrou os amigos e atletas Zé Lima, Valdeci, Aroldo, Amaro e Paulinho que atuavam nas equipes de Campina Grande. Lá ele ficou as temporadas de 1970, 71, 72, onde também defendeu as cores do MAC – Maranhão Atlético Clube. Em 1973, resolveu voltar para morar na cidade de Queimadas PB, porém o seu companheiro Zé Lima, já então trabalhando como treinador, o levou para jogar no Campinense Clube nas temporadas de 1973 e 74.
Quando retornou para a Paraíba e vestiu a camisa rubro-negra do Campinense Clube, na época comandado pelo experiente José Lima, Toinho Leiteiro fez parte de uma geração de atletas que poderíamos chamar de ”A Academia de José Pinheiro”, onde atletas como Edvaldo Moraes, Olinto, Deca, Paulinho, Dinda, Agra, Vavá, Pedrinho, Ailton, Erasmo, Edgar, Carlinhos, Dão, Porto e Valnir conquistaram títulos seguidamente. E foi justamente com o manto da raposa que ele colocou as faixas de campeão paraibano por duas vezes, em 1973 e 74. Em 1975, com apenas vinte e cinco anos de idade, Toinho leiteiro resolveu pendurar as suas chuteiras, contrair núpcias e ir trabalhar no estado do Rio de Janeiro.
Hoje, aposentado e residindo com a família na região dos lagos, cidade de Cabo Frio, estado do Rio de Janeiro, Toinho lembra com saudade dos companheiros e amigos que o futebol lhe proporcionou nos campos de futebol dos estados da Paraíba e do Maranhão; das dificuldades que enfrentou quando sofreu a lesão no início da carreira e da decisão de encerrá-la ainda jovem e mudar-se para trabalhar no sul do país.
Com muita saudade ele olha as fotografias da época em que vestiu as camisas do Treze Futebol Clube, do Sampaio Corrêa Futebol Clube, do Maranhão Atlético Clube e finalmente do Campinense Clube. Para nós torcedores, cronistas e desportistas paraibanos ficou a certeza de que o Sr. ANTONIO VALDIVINO DE ALBUQUERQUE, o popular atacante “TOINHO LEITEIRO”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.
Por Serpa Di Lorenzo
Causos & Lendas do Nossos Futebol