VOCE SE LEMBRA DO ALA DIREITA MARQUINHOS?

VOCE SE LEMBRA DO ALA DIREITA MARQUINHOS?

Ele nasceu na belíssima e então pacata cidade de João Pessoa -PB, precisamente no dia 12 de janeiro do ano de 1952, foi por seus pais registrado e batizado com o nome de MARCOS ANTONIO BEZERRA DE QUEIROZ, mas para o mundo da bola pesada ele ficou conhecido como o ala direita “MARQUINHOS”.

MARQUINHOS foi uma criança muito privilegiada, pois criou-se na Praça Tiradentes do Bairro da Torre, berço do saudoso São Gonçalo Futebol Clube e sede do internato Padre Dehon. O nosso homenageado cresceu convivendo com os seus irmãos Badê, Betinho e Galego, três atletas e desportistas que deixaram saudades e que hoje fazem muita falta em nossa cidade.

Os padres do internato Padre Dehon, naquela época sabiamente construíram uma quadra de futebol de salão em suas dependências e a criançada começou a praticar e a gostar do esporte da bola pesada. Vários times começaram a surgir no Bairro da Torre sendo o São Gonçalo Futebol Clube o de maior destaque e existência.

MARQUINHOS cresceu assistindo atletas do nível de Janca, Coelhinho, Vicente Jansen, Milton Farias, Fragoso e tantos outros que serviram de inspiração e aprimoramento para o seu futuro desempenho com a pelota em seus pés.

Com um excelente domínio de bola, dribles curtos, visão de jogo e assistências milimétricas, MARQUINHOS foi aperfeiçoando e amadurecendo o seu futebol. Dentro dos gramados, ele jogava de meia armador e integrou o plantel das equipes do ABC Futebol Clube, do saudoso Abel Vieira e do Santos Futebol Clube do também saudoso José Walter Marinho Marsicano “Tereré”. Neste último time ele jogou ao lado de atletas da qualidade de Raimundo e Zito Camburão.

Mas a sua carreira esportiva estava definida para migrar e se destacar no futebol de salão. Jogou na então fortíssima equipe da Escola Técnica Federal da Paraíba, disputando os Jogos da Primavera e os acirrados Jogos Escolares Brasileiros de Ensino Médio, conseguindo dois vice-campeonatos nacionais com as cores da Escola Técnica Federal da Paraíba, o primeiro, em 1968, e o segundo em 1970. O plantel era formado por atletas do nível de Rodrigo, Joca, Leonecy, Helinho, Déda, Ademar, Marcão e MARQUINHOS. O Dr. Itapuan Boto chefiava a delegação.

MARQUINHOS jogou sempre como titular no Clube Astréa, no Esporte Clube Cabo Branco e no São Gonçalo Futebol Clube, sendo campeão paraibano adulto em todas essas tradicionais agremiações da bola pesada. Destacamos a sua participação com a camisa alvirrubra do São Gonçalo Futebol Clube, equipe de seu coração e que lhe proporcionou a oportunidade de adentrar nas quadras para jogar ao lado dos seus irmãos Betinho, goleiro, e Badê, ala esquerda e tabelar com os companheiros Marcão e Tito.

Seu nome era obrigatório e um dos primeiros na lista de convocação das seleções paraibana e na universitária em um período em que o competente treinador Walter Paiva Castelo Branco dentre vários bons atletas da época, conseguiu formar o quinteto: Ivenaldo, Bosco, Marquinhos, Tito e Zé Rui. A bola agradecia, pois sabia que seria muito bem tratada e que ao final das tabelas iria descansar no fundo das redes. Quem viveu essa época sabe do que estamos falando. Os ginásios de esportes lotavam para aplaudir. Em 1979, MARQUINHOS foi aprovado no concurso do fisco estadual e passou a também defender as cores da boa equipe da Afrafep- Associação dos Fiscais de Renda e Agentes Fiscais em vários torneios e campeonatos, tendo como companheiros Orlando Solânea e Walter Castelo Branco.

Para nós, cronistas, torcedores e desportistas paraibanos ficou a certeza de que o senhor MARCOS ANTONIO BEZERRA DE QUEIROZ, o popular ala direita “MARQUINHOS”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol de salão da Paraíba.

Serpa Di Lorenzo