Ele nasceu na cidade sertaneja de Catolé do Rocha PB, no dia 07 de novembro do ano de 1952, foi por seus pais registrado com o nome de MARCOS MEDEIROS DA SILVA, mas para o mundo da bola ele ficou conhecido como o popular zagueiro “MARCOS MEDEIROS”.
Ainda criança, o nosso homenageado veio residir na cidade de João Pessoa PB, onde não relaxou em suas peladas de futebol de campo e de salão. Com apenas quinze anos de idade, ele chegou para as categorias de base do Botafogo Futebol Clube, então comandadas por seu Luiz da Livraria, diretor, e Aluízio Ventola, treinador. A sua história como atleta do clube alvinegro foi vivida no período de 1967 até o ano de 1975, ou seja, de criança até a fase adulta.
Ele ganhou vários e seguidos títulos na base do clube, principalmente na boa equipe juvenil, onde conquistou o tricampeonato ao lado de Eudes, Dido, Zé Rui, Valdinho, Américo, Marcos Silva, Macau, Psiu, Babau, Valdir, Mazinho e tantos outros jovens que sonhavam um dia ser jogador profissional. Ao chegar ao departamento profissional do clube, MARCOS MEDEIROS jogou em todas as posições defensivas; nas duas laterais e no meio da zaga. Foi muito difícil conseguir um espaço naquele plantel onde existiam bons jogadores. Nos anos de 1973 e 1974, MARCOS MEDEIROS jogou várias partidas como titular, aqui podemos destacar o jogo festivo realizado no Estádio Leonardo Vinagre da Silveira contra o Sport Club Maguari, tendo a presença de Garrincha com a camisa do clube paraibano.
Em 1975, MARCOS MEDEIROS, sem espaço na equipe titular resolveu sair do Botafogo Futebol Clube e levar a sua raça, disposição, preparo físico e virilidade para o também alvinegro Santos Futebol Clube, o time do saudoso José Walter Marinho Marsicano, o abnegado “Tereré”. Ao lado de Givaldo, Vuca, Zé Rui, Solon, Raimundo, Dimas, Ademir, Chico Ramalho e tantos outros atletas, ele deu a sua contribuição ao alvinegro que hoje está sediado no Bairro do Geisel.
Paralelamente ao futebol de campo, MARCOS MEDEIROS nunca abandonou o antigo futebol de salão. Ele disputou os saudosos jogos da primavera. Também disputou os jogos dos bancários. Participou dos jogos dos comerciários e também fez parte dos jogos universitários estaduais e brasileiros. Conquistou o vice-campeonato brasileiro pela seleção paraibana universitária. Esteve sempre presente no time adulto alvirrubro do Esporte Clube Cabo Branco, por mais de uma década, sendo uma opção no banco para o treinador utilizar no momento em que a partida ficasse acirrada. Quando ele entrava no jogo, o pivô pensava duas vezes se continuava em quadra ou “criava uma contusão repentina”.
MARCOS MEDEIROS sabia que não possuía a técnica necessária e explorava o seu potencial físico, não permitindo espaço ou firulas ao seu adversário. Era sempre bom para o treinador ter uma opção de central com essas características para intimidar e neutralizar o pivô adversário. Prevalecia o ditado de que “Da cintura para baixo é canela”. Quando encerrou a sua carreira nos campos e nas quadras, MARCOS MEDEIROS voltou ao clube que o recebeu ainda menino e passou a trabalhar no setor interno do Botafogo Futebol Clube, na área de logística e segurança dos jogos.
Para nós, torcedores, cronistas e desportistas paraibanos ficou a certeza de que o Sr. MARCOS MEDEIROS DA SILVA, o popular MARCOS MEDEIROS, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.
SERPA DI LORENZO