WALFREDO MARQUES E A HISTÓRIA DO FUTEBOL PARAIBANO - SóEsporte
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WALFREDO MARQUES E A HISTÓRIA DO FUTEBOL PARAIBANO

WALFREDO MARQUES E A HISTÓRIA DO FUTEBOL PARAIBANO

No ano de 1975, o jornalista e desportista WALFREDO LINS MARQUES lançou o seu livro intitulado “História do Futebol Paraibano”, pela Gráfica A União, Companhia e Editora. Com 361 páginas, prefaciado pelo também jornalista e desportista Carlos Pereira de Carvalho, a obra compreende seis décadas do nosso rico futebol, tendo início em 1908 e término em 1968.

O seu trabalho de pesquisa histórica atingiu o seu objetivo maior, documentando e registrando fatos que o tempo normalmente se encarrega de apagá-los; consequentemente dotando e municiando as novas gerações sobre o passado desse esporte em nosso estado. O livro começa narrando o surgimento do esporte bretão em nossa capital, em 1908, por estudantes em gozo de férias. O primeiro jogo ocorreu na tarde do dia 15 de janeiro do mesmo ano, entre as equipes do Club de Foot Ball Parahyba, norte e Club de Foot Ball Parahyba sul. O livro testemunha o surgimento de vários clubes em nossa terra, como também a extinção de outros como o Palmeiras, o América, o Sol Levante, o Red Cross, o Dolaport, o Astréa, o Pytaguares, o Estrela do Mar, o Colégio Pio X, o Cabo Branco, o Felipéa, o Paulistano, o Pibgás e o Esporte Clube União.

Também registra, em suas páginas a fundação da Associação dos Cronistas Esportivos da Paraíba, ACEP – em 21 de julho do ano de 1954, por um aguerrido grupo de jornalistas liderados pelo descendente de italiano Giácomo Zaccara. A entidade que administra o nosso futebol, atual Federação Paraibana de Futebol, hoje presidida por Michelle Ramalho, já foi anteriormente denominada de Federação Desportiva Paraibana, Liga Desportiva Paraibana e Liga Parahybana de Foot Ball. Todas essas mudanças estão nas páginas amareladas do livro ora em comento. Os nossos pequenos e aconchegantes estádios são lembrados por Walfredo Marques desde a sua inauguração até o dia de sua desativação ou demolição. Ele noticia o antigo estádio do Cabo Branco em atividade e quando da sua demolição. O pequenino estádio Municipal Plínio Lemos, palco de grandes jogos do Campinense Clube. O Estádio Presidente Getúlio Vargas, templo do Treze Futebol Clube, o saudoso estádio Olímpico José Américo de Almeida Filho, moradia do Botafogo Futebol Clube quando a estrela ainda não era vermelha e o estádio Municipal Leonardo Vinagre da Silveira, a popular Graça de Cruz das Armas, campinho que ajudou o Auto Esporte Clube a escrever a sua trajetória. Todos com a sua importância temporal.

A nossa participação no antigo campeonato brasileiro de seleções estaduais, quando a nossa seleção enfrentava os estados de Pernambuco e o Rio Grande do Norte, sempre com casa cheia. Os amistosos estaduais e internacionais também estão catalogados nas páginas de seu brilhante livro.

Para nós torcedores, cronistas e desportistas paraibanos, ficou a certeza de que o desportista WALFREDO LINS MARQUES, o popular Walfredo Marques, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

Por Serpa Di Lorenzo

Causos & Lendas do Nosso Futebol

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