Angélica Kvieczynski mira vaga olímpica na ginástica rítmica - SóEsporte
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Angélica Kvieczynski mira vaga olímpica na ginástica rítmica

A ginasta Angélica Kvieczynski quer garantir presença na delegação brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016. E a temporada de 2015 é muito importante para o objetivo. Com a treinadora Anita Klemann, a paranaense de Toledo vem trabalhando quatro séries novas para arco, bola, maças e fita, pela ordem olímpica, que aliam qualidade técnica e coreografias atraentes. A ginasta mostrou, com muito talento e graça, parte das séries para os jornalistas, nesta quinta-feira (29/1), no Clube Esperia, em São Paulo.

Angélica, destaque da ginástica rítmica do Brasil, 23 anos, 1,67 m e 57 kg, hexacampeã brasileira e medalhista pan-americana, vai brigar para se classificar entre as tope 20 no Mundial de Ginástica Rítmica de Stuttgart (ALE), de 7 a 13 de setembro. “O Brasil tem uma vaga no individual na condição de país-sede, mas é do país, não é nominal. Eu quero colocar o meu nome na vaga”, afirmou Angélica.

O calendário de Angélica Kvieczynski inclui ainda os Jogos Pan-Americanos de Toronto e Grand Prix internacionais (Moscou, RUS, 15 a 23/2; Thais, FRA, 20 a 23/3; Lisboa, POR, 25 a 30/3; Pesaro, ITA, 1 a 5/4; e Berlim, ALE, 30 e 31/5). “Essas competições servirão para avaliações dos treinamentos”, disse Angélica.

Angélica tem treinado sete horas diárias, na AER Sadia, seu clube em Toledo (PR), coreografias embaladas por músicas diferentes, uma para cada aparelho. A maior surpresa vem da música que escolheu para as maças, A Brasileira, composição que o Grupo Tradição fez e gravou em 1999, no CD intitulado Maria Fumaça, adaptada para a apresentação de Angélica em 2015. “A música das maças vai chamar muito a atenção. É uma mistura de ritmos, vanerão com percussão baiana, em um samba que o Tradição fez para mim”, afirma Angélica.

“No fim de 2014 já estávamos preparando as coisas para 2015. Por sorte, o Tradição refez a música para a Angélica. Era uma composição antiga, do Wagner Hildebrand, Michel Teló e mais alguns compositores (Anderson Nogueira e Gerson Douglas Martins) que eles refizeram e mandaram para nós no final de setembro”, comenta a técnica Anita, dizendo que já saíram da temporada preparando o ano.

Completam as coreografias, a música francesa La Vie em Rose, eternizada na voz de Edith Piaf, para o arco; Eclipse Total do Coração (Total Eclipse of the Heart, Bonnie Tyler), para a bola; e Burlesque, trilha sonora do filme de mesmo nome, estrelado por Cristina Aguilera e Cher, para a fita. “Estamos na fase de limpeza’ das séries, de acertar os detalhes”, afirmou a técnica Anita Klemann.

Persistência, a marca

Angélica, filha mais velha de três irmãs – Jéssica tem 19 anos e Ana Beatriz 10 – conheceu a ginástica rítmica aos 9 anos. Passava com a mãe, Ana Luiza (que faz os seus collants), pela porta do ginásio, em Toledo, quando viu as meninas praticando e pediu para “fazer aquilo também”. Depois de uma virose e uma queda de bicicleta, em que quebrou o pé, só passou a treinar mesmo vários meses após conhecer a ginástica rítmica, aos 10 anos.

“Eu era a pior ginasta do nível 2, mas era muito persistente. Sempre fui! Eu ‘pentelhei’ a Luana Nascimento, uma ginasta mais velha, uma tarde inteira, para ela me ensinar a fazer o butterfly, salto que é minha especialidade hoje. Ela ensinou e eu insisti tanto que aos 12 anos, em 2003, fui quarto colocada no paranaense, segunda no Brasileiro e campeã pan-americana”, conta Angélica, sobre o começo da carreira.

Quem é Angélica Kvieczynski

Data e local de nascimento: 1/9/1991, Toledo (PR)
Altura e peso: 1,67 m, 57 kg
Modalidade: Ginástica Rítmica
Provas: Individual Geral – arco, bola, maças e fita
Técnica: Anita Klemann
Clube: A. E. R. Sadia
Patrocinadores: Caixa e Sadia
Objetivo: Disputar os Jogos Olímpicos Rio 2016
Conquistas: Hexacampeã brasileira, tetracampeã do Troféu Brasil, bicampeã dos Jogos Sul-Americanos (Medellín/2010 e Santiago/2014), quatro vezes a melhor ginasta rítmica do país pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB); primeira brasileira a ganhar medalha no individual geral em Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara/2011 – três bronzes e uma prata -, e única brasileira a ser finalista do Grand Prix Berlim Masters.

Angélica Kvieczynski é atleta da equipe A.E.R Sadia, com apoio da Prefeitura de Toledo e do Sesi, tem patrocínios da Sadia e Caixa e os apoios de Itaipu Binacional, Sanepar, O Boticário, Unimed Costa Oeste e Prati Donaduzzi.

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