Arthur Elias rebate crítica e reforça liderança de Marta: "Papel que sempre teve aqui e sempre vou estimular" - SóEsporte
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Arthur Elias rebate crítica e reforça liderança de Marta: “Papel que sempre teve aqui e sempre vou estimular”

Arthur Elias rebate crítica e reforça liderança de Marta: “Papel que sempre teve aqui e sempre vou estimular”

Um dia após o deslocamento para Bordeaux, a seleção feminina realizou o único treinamento prévio à partida contra a Espanha, que ocorre nesta quarta-feira, às 12h (de Brasília). O jogo é decisivo para o Brasil em busca da classificação às quartas de final dos Jogos Olímpicos. No trabalho, o técnico Arthur Elias orientou o grupo antes da atividade com a tela tática usada desde a preparação na Granja Comary. O objetivo foi corrigir os erros da partida contra o Japão e também relembrar os estudos de como jogam as espanholas.

Antes do treino, o treinador falou com a reportagem e comentou sobre a crítica da ex-jogadora Heather O’Reilly, tricampeã olímpica com os Estados Unidos, que reclamou do comportamento de Arthur Elias após a derrota para o Japão na segunda rodada.

  • É um orgulho estar aqui. Está todo mundo de olho na seleção feminina. As críticas quando elas são construtivas, de alguém que conhece o trabalho, a gente pondera e tenta tirar algo de positivo. Mas pelo que você me falou nesse caso, que foi de final de jogo, o que entendo e penso é que o futebol é feito de emoções. O futebol é um entretenimento, um jogo, que o mundo inteiro é apaixonado e se fez o esporte mais popular do mundo porque é um jogo com muitas emoções onde tem um número grande de atletas, expectativa iminente sempre de gols, aquela explosão de emoções e ele é apaixonante por isso – afirmou o treinador da seleção feminina.
  • Eu entendo que as pessoas que estão envolvidas diretamente no campo, atletas, treinadores, eles precisam expressar essas emoções que o público quer do futebol. E quando isso não acontece as críticas vêm porque o público não tem aquilo que espera, a emoção que é vivida dentro do campo. Sempre vivi todas as minhas emoções intensamente com muito respeito e carinho com todas as minhas jogadoras e sabendo o que eu represento enquanto líder da equipe – completou.

O técnico ainda fez questão de reforçar que o papel de Marta é sim de líder e ela o exerce muito bem na Seleção e é estimulada a fazer isso. Por isso, ela conversou com o grupo ao final da derrota para o Japão ainda no gramado.

  • A crítica dela (da Heather O’Reilly), do meu ponto de vista, foi um pouco infeliz porque a Marta ser líder é o papel dela. É um papel que ela sempre teve aqui e sempre vou estimular que ela tenha, não só ela como outras jogadoras porque é muito importante para nós. A liderança não precisa ser centralizadora apenas em mim. Então a Marta cumpriu com o papel dela. Se em algum momento essa liderança foi desestimulada, comigo ela vai ser sempre estimulada. Dentro do vestiário, dez minutos depois, de forma tranquila eu expliquei para elas no que precisamos melhorar. Trouxe uma reflexão mais profunda, mais forte daquilo que a gente precisa refletir como esse final de jogo de um plano que não foi executado e já tinha sido parte da preparação.

Segundo Arthur Elias, a afirmação da americana Heather O’Reilly de que ele deixou o campo sem apertar a mão de ninguém não procede.

  • Cumprimentei o treinador do Japão. Fiz o que tinha que ser feito. Estou muito focado na seleção brasileira e eu lamento também que, se de alguma forma isso está sendo repercutido, não seja repercutido o gol da Jheniffer, uma jovem atacante fazendo gol, seu primeiro gol em uma competição importante, uma Olimpíada que a seleção vem com muitas jovens jogadoras. Uma geração que eu confio muito, que estão aqui querendo defender seu país. Marta voltando ao alto nível, talento de outras jogadoras. Lamento que o foco não seja elas. Essas opiniões a gente respeita, mas não vão levar a nada para nós – disse Arthur Elias.

Sobre o jogo diante da Espanha, o treinador do Brasil lembrou os pontos fortes das adversárias, atuais campeãs mundiais. O trabalho desta terça também foi usado para definir a escalação final como citou Arthur Elias.

  • O que nós vamos trazer é uma retomada do que foi trabalhado na Granja. Claro que de uma forma mais simplificada e pouco volume de treino. Mais os aspectos de bola parada ofensiva da Espanha, que é muito forte. O jogo de posição da Espanha que conheço muito bem e elas têm excelentes atletas. Então como a gente conseguir marcá-las e os espaços que a seleção espanhola deixa. É uma retomada do nosso trabalho e também com uma definição de time porque lá não sabíamos o time que íamos colocar nesse jogo. A competição ela vai trazendo as situações normais de um grupo como esse. Escolher a melhor equipe de início e também trocas que são muito importantes para causar um impacto também no segundo tempo – declarou o comandante.

No treinamento em Bordeaux, nos 15 minutos liberados à imprensa, Tamires ficou parte do trabalho conversando com o técnico Arthur Elias e integrantes da comissão técnica como a médica Lygia Neider sem fazer o aquecimento inicial com o restante do grupo. A jogadora acabou sofrendo uma pancada diante da Nigéria e não jogou contra as japonesas. O restante do grupo, incluindo Adriana e Yaya, que foram retiradas do grupo de 18 para a entrada das suplentes Angelina e Lauren, trabalhou normalmente.
[17:38, 30/07/2024] +55 83 8865-6487: Rebeca Andrade iguala recorde de medalhas de uma brasileira na história das Olimpíadas

Rebeca Andrade liderou o Brasil à inédita medalha por equipes na ginástica artística das Olimpíadas e, com isso, a ginasta de 25 anos chegou nesta terça-feira ao terceiro pódio nos Jogos Olímpicos. Depois da prata no individual geral e o ouro do salto em Tóquio, a estrela da ginastica garantiu o bronze em Paris ao lado de Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira.

A jogadora de vôlei Fofão e a judoca Mayra Aguiar são as duas brasileiras que já tinham três medalhas. Fofão se aposentou das quadras e hoje é técnica. Dona de três bronzes na categoria até 78kg, Mayra ainda compete em Paris na prova individual e na de equipes, podendo chegar ao quinto pódio. Rebeca, por sua vez, tem mais quatro finais individuais. Pode igualar e até bater o recorde de cinco medalhas dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, maiores medalhistas olímpicos da história do país.

Foi o segundo recorde quebrado por Rebeca em Paris. Nas classificatórias, se tornou a primeira brasileira a avançar a cinco finais, deixando para trás as três finais de Jade Barbosa em Pequim 2008 e dela mesma em Tóquio.

Rebeca já era a ginasta mais condecorada do Brasil na história. Além das três medalhas olímpica, tem nove pódios em Mundiais, três ouros, quatro pratas e dois bronzes. Entrou para um seleto hall de dez ginastas que já conquistaram medalhas em todas as provas da modalidade em Mundiais.

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