BOTAFOGO DA PARAÍBA TRI CAMPEÃO: Um dia já fomos Botafogo - SóEsporte
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BOTAFOGO DA PARAÍBA TRI CAMPEÃO: Um dia já fomos Botafogo

BOTAFOGO DA PARAÍBA TRI CAMPEÃO: Um dia já fomos Botafogo.

Entre as décadas de 60 e 70, eu acompanhava meu pai, Genésio Vieira do Nascimento, praticamente para todos os lugares que ele ia ou participava. Aquele que via Meu Pai, também via Genezinho ao lado dele. E assim seguimos até os últimos dias de sua vida.

Meu Pai fazia parte da Diretoria do Botafogo da Paraíba, até quando o saudoso Herder de Paula Henriques (Pai do apresentador Vinícius Henriques) esteve na Presidência do Clube. Eles eram muito amigos e eu testemunhei momentos fantásticos durante essa passagem da minha vida de criança/adolescente, diante do time mais querido da Paraíba.

No Botafogo, o meu pai foi tesoureiro, diretor social, diretor de patrimônio, presidente de conselho deliberativo/fiscal, além de ocupar outras funções que não lembro agora.

Toda minha infância foi no Bairro Jaguaribe. A gente morava na Avenida 12 de Outubro, nº 799 e quando eu tinha, acho que uns 6 nos de idade, ia com o meu pai para concentração do Botafogo, que na época ficava na Rua. Engº Leonardo Arcoverde, pouco metros do “Campo da Vila”, onde hoje é o Mercado Público de Jaguaribe.

Depois a concentração passou a funcionar no Bairro Tambauzinho, com edificações próprias e campo para treino. Hoje esse local é o Espaço Cultural José Lins do Rego. Em seguida, bem antes da “Maravilha do Contorno”, o Botafogo ficou muito tempo vivendo debaixo das arquibancadas do então, Estádio Olímpico José Américo de Almeida, onde foi o “DEDE”, atualmente a Vila Olímpica da Paraíba.

Seu Genésio era um cara fanático pelo Botafogo. Quando o time ganhava era aquela alegria extravagante. Mas, quando o Botafogo perdia, ele entrava num desânimo profundo e contagiante. Claro, que o nosso Botafogo nos trazia muito mais alegrias e vitórias do que tristezas e derrotas. Afinal, durante essa época o Botafogo foi Tri Campeão Paraibano, consecutivamente em 1968, 1969 e 1970.

Mas, infelizmente, no futebol nem tudo são flores. Lá também existem malícias, falcatruas, jogos de interesses, egoísmo, prepotências, vaidades, traições, puxa-sacos, corrupção e muita falta de caráter.

Um conjunto de atitudes e comportamentos maléficos, que inclusive provocou mágoas e decepções ao meu querido e amado pai, que um dia ficou tão aborrecido que se desvinculou do clube e resolveu abandonar de vez, todo o seu amor pelo querido Botafogo Futebol Clube da Paraíba. Daí, ele nunca mais foi a um campo de futebol. E eu, fielmente segui os seus passos.

Em dezembro de 1973, nós nos mudamos para morar na Avenida Alberto de Brito, nº 349, também no Bairro Jaguaribe, próximo a antiga Faculdade de Medicina, hoje o conhecido PAM de Jaguaribe. Um pouco mais adiante da nossa casa morava o Senhor Walfredo Marques, um apaixonado por futebol, que escreveu o primeiro livro que conta histórias sobre o futebol da Paraíba, o livro “História do futebol paraibano”, que foi lançado no ano de 1975, no seu conteúdo, tinha algumas informações passada pelo meu pai.

Eu já li dezenas de artigos sobre o futebol da Paraíba, até mesmo um TCC, que retrata parte dessa história, especialmente do Botafogo e, em nenhuma dessas escribas vi qualquer referência ao Meu Querido Pai, “Genésio do Botafogo”.

Isso me deixa triste, pois um dia já fomos Botafogo, ele, meu pai vivia o Botafogo, se doou ao Botafogo e nunca teve qualquer lembrança ou reconhecimento.

Algumas personalidades do Botafogo que eu lembro da época do meu Pai.

Da Diretoria:
Herder Henriques (Presidente) , Eurivaldo Guerra “Vavá” (Técnico), Capitão Nunes e Dr. Nabor de Assis (Médicos), Seu Américo Cavalcanti, Pai de Fernando Twist (Enfermeiro), Aluízio (Técnico do Infantil/Juvenil), Prince, Nizélio Garcia, Mendonça, Adilson Fabrício, Bartolomeu Guedes, Umberto Trócolis, Galego (Roupeiro) Pauluca (Massagista) e Zezé (Cozinheiro).

Dos Jogadores:
Chiclete, Coca Cola, Bira Duré, Marajó, Valdecir Pereira, Valdo, Lúcio Mauro, Vicente, Tarcísio, Zito Camburão, Dissor, (Meu amigo de Patos), Nereu, Paizinho, Chico Matemático (Meu amigo Chico, hoje trabalha junto coma minha sofra), Odon, Ferreira, Capelense, Walter Moreira, Triau, Zezito (encontro sempre nas ruas distribuindo Cds com mensagens/músicas evangélicas), as duplas Nininho e Valdecir Santana (Valdecir, encontrei um dia desse, na Caixa da UFPB, ele está morando em João Pessoa), Pibo e Telino, Simplício (Meu amigo Simplício que mora na praia de Formosa em Cabedelo), Lelé e meus amigos Eudes e Mineiro. Os goleiros: Fernando Twist (Fernando Seguros, encontro sempre), Lula, Geraldo, Ari, Itamar, Zé Hugo (Professor), Américo (Irmão de Fernando Twist) Valdeci (Meu amigo Valdeci estudamos no Pio XII) e Adenilson Maia (União, comentarista de esportes TV Tambaú).

Naquela época o melhor jogador do Botafogo era o Nininho. Ele se tornou um ídolo do futebol paraibano. Bem no auge da sua carreira ele morre, vítima de uma hemorragia num pós-operatório, no Hospital São Vicente de Paula.

Dos times do campeonato paraibano da minha época:
Botafogo, Santos (Santos de Tereré), Auto Esporte e União (União de Manoel Costeira) de João Pessoa, Confiança de Sapé, o Guarabira, Campinense e Treze de Campina Grande, Nacional e Esporte de Patos.

Artigo de Genésio Vieira, da Polícia Rodoviária Federal

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