Ele nasceu no interior de Pernambuco, precisamente no dia dezesseis de novembro do ano de 1940, mudou-se para a cidade de Campina Grande e em 1960 já jogava profissional no extinto time do Paulistano.
Batizado como José Lima da Silva, como “Zé Preto” ficou conhecido na carreira de jogador de futebol profissional. Em 1961 ele já vestia a vitoriosa camisa do Campinense Clube e participava daquela histórica conquista do hexa-campeonato nos anos de 1960, 61, 62, 63, 64 e 65.
Também foi campeão estadual vestindo a camisa raposeira no ano de 1967 e de torneios importantes, como o Torneio Norte-Nordeste em 1963, e a Taça Pedro Gondim em 1964.
Quando deixou a equipe do Campinense, o nosso craque foi jogar no Sampaio Corrêa do Maranhão, no ABC de Natal e nos Leões, sendo este último da cidade de Salvador-BA. Depois ele retornou ao nosso estado e encerrou a sua carreira jogando por três anos com a camisa do Treze Futebol Clube.
Em 1971, já sendo chamado por “Zé Lima” ele iniciava a sua carreira vitoriosa como treinador, vencendo os campeonatos estaduais de 1971, 1972, 1973 e 1974 como técnico do Campinense Clube. Daí em diante não parou mais de se aprimorar. Comandou várias equipes no estado, com destaque no Botafogo da Capital onde voltou a conquistar títulos.
Ao todo, ele levantou o troféu paraibano como campeão por doze vezes, sendo sete como jogador, e cinco como treinador, passando a ser o recordista de títulos conquistados no nosso futebol profissional. Quando indagado como conseguiu esse feito, ele com a simplicidade que lhe é peculiar responde que tudo isso foi fruto de trabalho e amor.
Quem teve o privilégio de ser treinado por Zé Lima não esquece o quanto aprendeu com aquele profissional disciplinador, porém amigo, conselheiro e acima de tudo orientador, não só em campo como fora das quatro linhas.
Zé Lima teve seis filhos do sexo masculino que também jogaram futebol em times profissionais. Seus irmãos também foram jogadores de futebol, com destaque para “Assis Paraíba”, que jogou em vários clubes do país, vestiu a camisa da seleção brasileira e jogou em times do exterior.
Recentemente ele foi homenageado no evento denominado de Futebol Solidário, que teve a finalidade de arrecadar alimentos não perecíveis em benefício do Hospital Padre Zé, uma iniciativa da Rádio Tabajara, FPF e vários outros parceiros. Foi uma alegria para os jornalistas e torcedores que tiveram o prazer de reencontrar um profissional que escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na belíssima historia do futebol paraibano.
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POR SERPA DI LORENZO
