O clássico Treze x Campinense, o encontro dos maiorais da Serra, que acontece neste domingo, dia 26 de março de 2016, no estádio Amigão, está entre os dez maiores clássicos do futebol brasileiro. A indicação é confirmado por pesquisa da revista Veja e a informação é publicada pelo site R7 da rede record. O jogo deste domingo além de marcar a força de uma tradição que dura 60 anos, com uma rivalidade na briga Raposa e Galo.
O Clássico dos Maiorais é o jogo entre dois clubes de Campina Grande, estado da Paraíba: Campinense Clube e Treze Futebol Clube. Também é conhecido como clássico Galo contra Raposa, por conta dos mascotes dos dois times.
A denominação Clássico dos Maiorais é de autoria do narrador esportivo Joselito Lucena.
O confronto é considerado o maior clássico do interior brasileiro, pois, ao contrário de rivalidades como o Derby Campineiro e o Come-Fogo, o Clássico dos Maiorais já decidiu 16 o Campeonato Paraibano, o Campinense leva vantagem com 12 títulos conquistados em cima do rival, que por sua vez tem apenas 4 títulos Paraibanos conquistados em cima do maior rival.
Além disso, Treze Futebol Clube e Campinense Clube já disputaram 387 partidas, contra apenas 192 do confronto campineiro de 154 da rivalidade de Ribeirão Preto. Outro grande confronto entre equipes que não são de capitais é o Clássico do Interior, disputado em Santa Catarina. No entanto, aquela rivalidade decidiu apenas sete títulos estaduais e só foi jogado 174 vezes.
O Clássico dos Maiorais, que há 55 anos movimenta o futebol paraibano, guarda para o torcedor inúmeros fatos curiosos que vão muito além dos dados estatísticos que confirmam quem venceu mais, quem marcou mais, quem conquistou mais títulos etc.
O confronto entre os clubes teve início em 27 de novembro de 1955, num jogo amistoso realizado no Estádio Municipal Plínio Lemos, que resultou na vitória do Galo por 3×0. No entanto, a rivalidade somente esquentou mesmo no dia 10 de março de 1957, quando o Treze goleou o Campinense por 4 a 0, pelo Campeonato da Liga Campinense de Futebol.
A goleada feriu os brios dos diretores do Campinense, que iniciaram o projeto de profissionalização da equipe. Até aquele momento, o rubro-negro era apenas um clube amador da cidade, e assim permaneceria se não fosse a rivalidade, que acabou gerando os jogos entre alvinegros e rubro-negros.
Em 18 de agosto de 1957, houve a sexta vitória consecutiva da equipe alvinegra, e mesmo sem ainda existir o conceito da sétima, a série de derrotas passou a incomodar tanto diretores quanto jogadores do rubro-negro, e como resultado o Campinense quebrou o jejum de vitórias, derrotando o alvinegro por 2 a 1 no estádio Presidente Vargas no dia 13 de outubro de 1957, num amistoso em homenagem ao aniversário de Campina Grande.
Alheio a estes fatos, varias sátiras foram surgindo ao longo dos anos que gradualmente foram consolidando a rivalidade entre as torcidas dos dois clubes. Porém, em 1977 teve início a mais marcante de todas as ironias já realizadas até aquela época. Depois de uma série de seis vitórias consecutivas do Campinense, a Torcida Organizada da Raposa (extinta TORA), decidiu realizar uma missa de sétimo dia caso o rubro-negro obtivesse a sétima vitória sobre os alvinegros.
A brincadeira perturbou tanto os torcedores do Treze que jamais foi esquecida, embora o Campinense não tenha conseguido realizar a missa, os torcedores do Treze guardaram o ressentimento para a década seguinte, quando deram o troco criando a ironia da “sexta”.
Em 1981, depois de cinco vitórias para os alvinegros, as torcidas organizadas do Treze levaram a campo cestas de vime para simbolizar a sexta vitória consecutiva do clube sobre o adversário. Com a concretização da “sexta”, gerou-se a expectativa em torno da missa de sétimo dia que seria a resposta dada aos rubro-negros pela sátira de 1977.
No dia 25 de outubro de 1981, compareceram ao estádio Amigão, quase 20 mil torcedores, que presenciaram aos 45 minutos do segundo tempo, o atacante Gabriel empatar a partida numa cobrança de pênalti e impedir que a resposta fosse dada.
Decorridos 26 anos, Treze e Campinense voltaram a se encontrar sob a pressão mística de uma missa de sétimo dia, no dia 4 de fevereiro de 2007, mais uma vez, onde o Treze, que vinha de 6 vitórias consecutivas sobre a raposa, queria realizar um fato inédito, enquanto o Campinense buscou inverter o quadro diante do seu principal oponente.
O Campinense ganhou do Treze por 1×0 e adiou, mais uma vez, a tão sonhada, pelas duas torcidas, Missa de 7º Dia.
Ao longo de 30 anos de expectativa em torno da missa de sétimo dia, fica uma certeza que este é um dos principais fatos que acirram um dos maiores clássicos do Brasil.
Ao longo da história, o Campinense tem boa vantagem em finais,são 15 decisões entre ambas equipes,com 12 vitórias para o Campinense e 3 vitórias para o Treze.
1º
| Flamengo x Vasco | 4.504 | 17,1% |
2º
| Grêmio x Internacional | 3.881 | 14,8% |
3º
| Corinthians x Palmeiras | 3.844 | 14,6% |
4º
| Cruzeiro x Atlético-MG | 2.126 | 8,1% |
5º
| Flamengo x Fluminense | 1.818 | 6,9% |
6º
| Corinthians x São Paulo | 1.088 | 4,1% |
7º
| Palmeiras x São Paulo | 946 | 3,6% |
8º
| Avaí x Figueirense | 789 | 3% |
9º
| Campinense-PB x Treze-PB | 725 | 2,76% |
10º
| Bahia x Vitória | 711 | 2,71% |
