É sempre a mesma coisa - SóEsporte
Colunistas

É sempre a mesma coisa

Todos os anos quando se fala em início do Campeonato Paraibano surgem problemas nos estádios. Isso vem acontecendo há muito tempo e é sempre dado um jeitinho para que a competição se realize com a promessa de providência futura. Entrava em campo a tal “ajuste de conduta” e salvava a competição, mesmo contrariando o Ministério Público.

O Dr. Valberto Lira, Coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Cidadania e Direitos Fundamentais do Ministério Público da Paraíba, tem razão ao impor cumprimento da Lei e exigir que sejam feitas adequações nos estádios para que venham ser liberados para jogos do Campeonato Paraibano.

Integrei a Comissão de Vistoria dos Estádios de Futebol em algumas oportunidades representando a crônica esportiva. Nos meus relatórios vetava alguns estádios que não se encontravam em reais condições como exigia Lei Pelé. Mas havia sempre o jeitinho de liberar com promessa de realização de serviço com a competição em andamento. Nada era feito e tudo passava para o ano seguinte.

O próprio Dr. Valberto Lira, Promotor de Justiça, sentiu essa dificuldade em fazer cumprir a Lei. Pedidos de um lado, de outro, “ajustes de condutas”, etc, sempre se colocaram entre a ação direta de cumprir e não cumprir obrigação. Agora parece que chegou a vez. O Coordenador de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Cidadania e Direitos Fundamentais do Ministério Púbico da Paraíba quer a solução: joga ou não joga.

Não adianta ficar protelando ações corretivas. A cada dia o perigo aumenta, isto em relação à estádios que, em suas estruturas, oferecem perigo ao torcedor e todos que integram o espetáculo de futebol. Faltou, com certeza, uma ação mais rápida, eficaz, e lógica, da Entidade que comanda o futebol paraibano de, em tempo hábil, tomar as devidas providências a respeito do caso evitando, assim, problemas futuros.

Os clubes fizeram investimentos visando o início do Campeonato na primeira semana de fevereiro de 2012. Obviamente que os novos atletas assinaram contratos a partir de janeiro, ou fevereiro, com distratos no mês previsto para o encerramento, o que pode, caso não seja iniciado o Campeonato na data previamente determinada, gerar problemas de condições de jogo se necessária mudança no calendário.

O bom senso deve prevalecer nessa reunião programada. Prevalecer sem ferir direitos. A Promotoria de Justiça já entendeu que “ajuste de conduta” não resolve. É feita a promessa, porém “o santo não recebe”.  Não quero determinar que esse ou aquele estádio esteja sem condições. Os membros da CVEFP (Comissão de Vistoria dos Estádios de Futebol da Paraíba) são idôneos e podem retratar a verdade.

Bom senso também no problema contratação. Os clubes não podem ficar no prejuízo satisfazendo decisões negativas que não deveriam acontecer. A FPF, responsável pela elaboração do calendário esportivo, deve ter a solução caso seja obrigada iniciar o Campeonato em outra data, contrariando acordos contratuais entre clubes e atletas. O que não pode é, à cada ano, nossos estádios serem pivôs desses desentendimentos.

Adamastor Chaves

Todos os artigos é de responsabilidade do autor.

2 Comentários

2 Comentários

    Deixe um Comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.