A professora Norma Meireles entrega livro sobre cronistas brasileiros ao jornalista Franco Ferreira
O jornalista e radialista Franco Ferreira foi um dos palestrantes convidados do I Simpósio Brasileiro do Rádio, realizado pelo Centro de Comunicação Turismo e Artes (CCTA) da Universidade Federal da Paraíba, entre os dias 9 e 11 deste mês.
Sobre o tema rádio esportivo, Franco Ferreira – profissional com mais de vinte anos dedicados a crônica esportiva paraibana – falou para uma plateia formada por alunos da universidade, professores e profissionais de rádio.
“Este evento é sem sombra de dúvidas um marco para o enriquecimento da comunicação do rádio. Quem está cursando ou atua no meio sabe que este veículo de comunicação é uma coisa que está dentro do nosso sangue”, disse Franco.
Profissional não só de rádio, mas com efetiva atuação em portais e jornais, Franco Ferreira iniciou sua carreira na crônica esportiva em Campina Grande – terra natal – no final dos anos oitenta.
Veio para João Pessoa em 1990 para trabalhar na rádio Tabajara – emissora que atua até os dias de hoje.
“Eu já fiz de tudo no rádio: desde narrar uma partida de futebol até cobertura de missa religiosa, sem contar com outras atividades operacionais”, ressaltou Franco, mostrando sempre a mesma simpatia e desenvoltura que marcam sua trajetória diante dos microfones.
E, claro, acumula histórias pitorescas para contar. Ele lembrou, por exemplo, da vez em que teve que fazer uma gambiarra de 400 metros de fio de um orelhão para fazer a transmissão de um jogo da Copa São Paulo de Juniores.
“Tudo em nome da profissão”, resume Franco.
O “camisa dez”, como é conhecido na crônica esportiva, é um contemporâneo do rádio. Se no inicio de carreira pode aprender com mestres como Ivan Bezerra e Geraldo Cavalcanti, hoje sua trajetória serve para inspirar futuras gerações de comunicadores radialistas.
Como todo grande profissional, Franco tem sua marca: apesar de pertencer a uma escola mais tradicional do rádio, característica que ainda conserva, ele procurou se familiarizar com as novas tecnologias. Suas atuações não prescindem das interatividades viabilizadas pelas redes sócias nem dos espaços inaugurados pela internet, para onde também migrou com o seu site Só Esporte.
Quanto ao atual momento do rádio esportivo, Franco Ferreira lamentou o fato da maioria dos profissionais que atua na área não possuir formação acadêmica especializada.
“A Paraíba possui uma gama de atletas em diversas modalidades esportivas, dai a importância da formação acadêmica para uma cobertura esportiva de mais qualidade. A universidade cumpre tanto esse papel, como o de construir um perfil intelectual para os futuros profissionais”.
E arrematou: “mesmo depois de casado e com filhos eu procurei a universidade justamente para poder adquirir mais conhecimento. Me formei, fiz curso de especialização e hoje vejo a importância disso”.
Por Maxwell Oliveira aluno de comunicação da UFPB