Em seu terceiro ano, Wings For Life se consolida entre as maiores corridas do Brasil - SóEsporte
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Em seu terceiro ano, Wings For Life se consolida entre as maiores corridas do Brasil

Em um mundo em que as pessoas se preocupam cada vez mais com a saúde, as corridas de rua proliferaram e se tornaram um dos esportes mais procurados no Brasil. Com tantas opções, fica até difícil escolher quais colocar no calendário. Em sua terceira edição, a Wings For Life World Run, que acontece no dia 8 de maio, em 34 cidades pelo planeta (no Brasil, a prova acontece em Brasília), é uma das que tem conseguido espaço na agenda de cada vez mais gente.

Com um conceito inovador, a corrida dá a oportunidade para que qualquer pessoa participe do evento, independentemente do nível de treinamento. Além disso, toda a arrecadação da prova é revertida para a pesquisa na cura da lesão da medula espinhal.

Esses diferenciais têm atraído o interesse de um número cada vez maior de pessoas. Em 2014 foram 1813 inscritos, em 2015, 3607, e, em 2016, a expectativa é de que 6 mil pessoas participem da prova. Entre elas está a cardiologista Alexandra Lima, 37 anos, de Brasília. Ela começou a correr em 2009 e, dois anos depois, foi diagnosticada com polimiosite, uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo que pode causar degeneração dos músculos, e parou de andar por fraqueza muscular.

Em 2014, voltou a correr com pequenos trotes e conheceu a Wings For Life World Run. “Achei que seria interessante voltar a ter metas e escolhi uma prova que tinha também um significado. Pretendo voltar à marca de 10 km na WFLWR. Quero marcar a minha volta às corridas e coroar a minha saúde”.

Se uns optam em correr por conta da causa, outros escolhem a competição pela diversidade de opções. Há quem aproveite a oportunidade para unir o útil ao agradável: correr e viajar. É o caso de Enio Cesar Vieira, 40, que vai participar da WFLWR pelo terceiro ano seguido e na terceira cidade diferente. Em 2014, ficou sabendo da prova por meio de amigos, e descobriu que ela aconteceria em Florianópolis, SC, cidade onde mora. Já tinha uma viagem marcada para os Estados Unidos justamente na data da WFLWR, mas ficou tão empolgado com a ideia, que fez uma pequena mudança em seu roteiro de férias para conseguir competir em Santa Clarita, Califórnia.

“Eu e minha esposa íamos viajar para a Califórnia e ficamos impossibilitados de correr em Floripa, que era o plano inicial, então procuramos o lugar mais próximo do nosso itinerário e achamos um lugar perfeito”, explica. “Um pequeno ajuste nas férias e lá estávamos nós preparados para correr às 3h da manhã do horário local!”.

Enio gostou tanto da experiência, que ao final da prova de 2014, decretou: “não vamos perder essa prova em nenhum ano!”. A partir daí, ele e a esposa começaram a se programar de maneira que participassem da WFLWR em algum lugar que também gostariam de conhecer como turistas.

No ano passado, então, correram em Santiago, Chile. Em 2016, escolheram Brasília. “Acabamos optando por correr ‘em casa’ desta vez, o que também acredito que será incrível, principalmente porque é um ano ímpar para o esporte brasileiro. Com as Olimpíadas sendo disputadas aqui, acredito que teremos uma grande prova!”, diz. O casal já tem planos para 2017: correr em Portugal ou Áustria.

Outra razão para participar da prova é a premiação. O vencedor de cada uma das cidades ao redor do mundo tem direito a escolher onde quer competir no ano seguinte, com todas as despesas pagas. Vencedor da corrida do Reino Unido em 2015, o britânico Thomas Payn, por exemplo, escolheu Brasília.

Ele tinha o sonho de visitar o Brasil e aproveitou a Wings For Life World Run para viajar e competir pela primeira vez na América do Sul. “Quando eu estava pensando nos possíveis locais para correr este ano, fiquei muito animado de ver o Brasil na lista e fiz questão de me agilizar para correr aí”, conta.

Mesmo tendo sido alcançado pelo catcher car só depois de 61.09 km percorridos, Payn considera que há uma grande dificuldade na prova: o fato dela não ter uma linha de chegada. “Em todas as outras competições, você tem uma distância determinada, então é fácil visualizar o quão longe é e quanto tempo vai levar”, afirma. “Essa questão faz com que a WFLWR seja muito diferente e tenha mais a ver com uma batalha mental. Você tem que acreditar que pode manter certo ritmo por determinado tempo, levando em conta a possibilidade de que, se você estiver se sentindo bem, vai correr mais do que imaginava”.

Além de Payn, Alexandra e Enio, personalidades como a modelo Daniela Cicarelli, o surfista Pedro Scooby, o hexacampeão mundial de skate Sandro Dias e o pentacampeão da Stock Car Cacá Bueno já estão confirmados para a edição de 2016 em Brasília, que acontece no dia 8 de maio.

As inscrições ainda estão abertas e podem ser feitas pelo site: www.wingsforlifeworldrun.com

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