Neste domingo (25), a diretoria do Botafogo coloca o maior goleador da história do clube no gramado do Estádio José Américo de Almeida, Almeidão. Chico Matemático será o homenageado do Belo.
Ao todo foram 107 gols marcados com a camisa alvinegra, um deles foi o primeiro da equipe da estrela vermelha no Estádio O Almeidão. Chico chegou ao time em 1969, dividindo o gramado com outros grandes atletas, como como Lúcio Mauro, Lando, Odon, Valdeci Santana, Ferreira, Fernando e tantos outros.
Estão na memória dos torcedores, as cabeceadas e os chutes indefensáveis, além das arrancadas que este grande jogador tinha quando atuava. Foi campeão Paraibano em três das 26 vezes que o Botafogo ergueu a taça.
Chico será homenageado pela diretoria pouco antes do apito inicial do jogo entre Botafogo e Juazeirense/BA. Assim como aconteceu com Valdeci Santana e Ferreira, ele receberá uma camisa oficial atual com seu nome gravado e um Diploma de Honra ao Mérito.
Para o diretor, Francisco Di Lorenzo Serpa, “o ano era o de 1969 do saudoso século passado. O homem havia conquistado o espaço com projetos e viagens em foguetes russos e americanos. Na filosofia o francês Jean Paul Sarte comandava a doutrina do existencialismo. Elvis Presley era a sensação do rock and roll. No Brasil o regime militar endurecia e caçava os seus opositores. Na música Roberto e Erasmo comandavam a jovem guarda nas felizes tardes de domingo. Os festivais consagravam nomes como Geraldo Vandré, Caetano, Gilberto Gil, Chico Buarque, Elis Regina, Rita Lee, Edú Lobo e tantos outros.
No futebol a nossa seleção se preparava para a conquista definitiva da taça Julius Rimet, com o inédito título de tricampeão do mundo. O saudoso João Saldanha perderia a condição de técnico para o grande Mário Zagalo. Este último conseguiu um sistema de jogo onde Pelé, Tostão, Jairzinho, Gérson, Rivelino, Piaza, Clodoaldo, Carlos Alberto Torres e outras feras faziam a bola ser não um instrumento de trabalho, mas sim um adorno nos pés, peito, mãos e cabeça de semideuses do futebol arte.
E foi nesse ano que o jovem talento da Portuguesa de Cruz das Armas de nome Francisco de Assis Gama, com passagem também pelo saudoso Esporte Club União chegou ao nosso querido Botafogo Futebol Clube para jogar com estrelas como Lúcio Mauro, Lando, Odon, Valdeci Santana, Ferreira, Fernando e tantos outros.
A sua forma dinâmica de jogar. A visão do campo por completo, os deslocamentos e arrancadas objetivas, as cabeceadas certeiras e chutes indefensáveis logo o fariam titular daquele time vitorioso, e em sua carreira ser campeão do estado por três vezes.
O nosso homenageado disputou vários torneios estaduais e nacionais defendendo as cores do time mais vezes campeão do estado, em destaque o Torneio Integração ocorrido no estado de Goiás, onde o time alvinegro foi destaque. Foi sondado pelo Sport Clube do Recife e por times de Portugal, não sendo concretizada a transferência por causa do curso de Engenharia Civil frequentado por Francisco de Assis Gama.
Ele estava em campo quando o poderoso Santos Futebol Clube de Pelé aqui jogou, e o Rei do futebol marcou o seu 999 gol, no saudoso estádio Olímpico José Américo de Almeida (hoje DEDE). Aliás, o nosso homenageado defendeu as cores do nosso Belo no Estádio Olímpico, no Campo da Graça e finalmente no Estádio Almeidão, onde encerrou a sua gloriosa carreira no ano de 1975.
Ele atingiu a marca de 107 gols que ainda não foi superada por outro artilheiro do clube. Ele foi o primeiro jogador do Botafogo a marcar gol no então inaugurado Estádio Almeidão. E foi observando os passes precisos e milimétricos, as cabeceadas certeiras e as jogadas calculadas desse disciplinado artilheiro, que o saudoso jornalista Ivan Tomáz o batizou de “CHICO MATEMÁTICO”.
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