IMPRENSA promove o "Encontro IMPRENSA de Jornalismo Científico" - SóEsporte
Futebol

IMPRENSA promove o “Encontro IMPRENSA de Jornalismo Científico”

Nos dias 21, 22 e 23 de julho, a revista e o portal IMPRENSA promoveram o “Encontro IMPRENSA de Jornalismo Científico”, em Olinda e Recife (PE). O evento foi patrocinado pelo Bradesco e estimula o relacionamento entre fontes e jornalistas da editoria científica.

Neste domingo (21/7), antecedendo a abertura da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), IMPRENSA reuniu especialistas em ciência e jornalistas convidados para o debate “Ciência traduzida para o Brasil”.

Na composição da mesa de abertura estavam presentes: Sinval de Itacarambi Leão, diretor da revista IMPRENSA; Helena Nader, presidenta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Dom Marcos Ferreira do Carmo, vice-prior do Mosteiro de São Bento; Professora Maria José de Sena, reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); e Eudes de Souza Leão, presidente da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica (APCA) que deram as boas vindas ao público presente.

Fotos: Eduarda Bione
Sinval de Itacarambi Leão, da revista IMPRENSA, chamou a atenção para o legado de Dom Bento José Pickel, que participou desde o início da fundação e organização da “Escola Agrícola e Veterinária do Mosteiro de São Bento”, núcleo inicial que originou a atual Universidade Federal Rural de Pernambuco. IMPRENSA presenteou Dom Marcos e a Professora Maria José com placas em homenagem a Dom Bento José Pickel e ao centenário da UFRPE.

Para a presidenta da SBPC, Helena Nader, a imprensa nacional precisa divulgar mais as notícias boas que acontecem no país, como inovações científicas. “Para a SBPC um evento como este é de extrema importância para todos nós, principalmente para imprensa brasileira, pois são os jornalistas que cobrem a ciência do país e divulgam as pesquisas científicas, e dessa forma mostrando o que o Brasil tem de bom, e não apenas divulgar tragédias que aqui acontecem”, explanou.

O debate foi conduzido pelo editor-chefe da revista Scientific American Brasil, Ulisses Capozzoli, e moderado por Carolina Córdula, da universidade de Groningen, na Holanda. Capozzoli falou da importância do acúmulo de informação por parte do profissional que pretende ingressar no jornalismo científico. “É impossível fazer jornalismo científico sem algum conhecimento de literatura, das artes. É preciso conhecer os clássicos da ficção científica, saber da estrutura atômica, da estrutura celular. Sabendo disso, o entrevistador vai saber com quem está conversando”, declarou.

Na segunda-feira (22), a mesa falou sobre “A cobertura jornalística da pauta Ciência na imprensa brasileira”. Foram convidados os jornalistas Luís Nassif, da Agência Dinheiro Vivo, Ricardo Novelino, subeditor de Cidades do Jornal do Commercio, e Cristiana Andrade, do Estado de Minas.

Nassif chamou a atenção dos jornalistas para o cuidado na apuração e desenvolvimento de matérias. “Na cobertura de Ciências, o talento do jornalista é fundamental para que a pesquisa, o tema seja palatável e interessante ao leitor. Se a matéria está chata, a culpa não é da pesquisa, é do jornalista”.

Já Novelino defendeu que a cobertura de pautas relacionadas a Ciências seja ampliada. “Não é possível confinar o tema Ciência em apenas uma página de jornal. Deveria ser uma cobertura sistemática, diluída por todas as editorias. Dessa forma, poderíamos ampliar os temas e os espectros de cobertura e mostrar que ciência não se trata apenas de pesquisas com tubos de ensaio em laboratório”.

Na terça-feira (23), a mesa abordou a “Divulgação científica da pauta Ciência na imprensa especializada”. Os convidados foram João Alegria, Gerente de Programação, Jornalismo e Engenharia do Canal Futura, Nereide Beirão, Diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e Silvia Bessa, repórter especial do Diario de Pernambuco.

Nereide Beirão abordou a pesquisa Ciência, Tecnologia & Inovação na Mídia Brasileira, feita pela Rede Andi, que avaliou a abordagem do tema por 62 veículos impressos brasileiros entre 2007 e 2008. Segundo a publicação, quase 40% da população demonstram pouco interesse por assuntos de ciência e tecnologia por não entenderem do que se trata.

“O volume de notícias ligadas à ciência, tecnologia e inovação estão muito voltadas para o factual e têm alguns temas que são mais tratados, como saúde e medicina. Outros são simplesmente ignorados, não existem no noticiário. Esse fato dificulta a valorização do trabalho científico. As pessoas ainda não têm noção do impacto da ciência e da tecnologia na vida delas”, analisou.

Clique para comentar

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.