Nascido no interior do estado de São Paulo, precisamente no dia dezesseis de agosto de 1954, o garoto batizado por Mauro Madureira de Arruda iria logo cedo se destacar nas categorias de base do poderoso tricolor do Morumbi. Em pouco tempo foi convocado para a seleção brasileira sub – 20, onde conseguiu ser titular e tri-campeão do mundo na competição realizada em 1973 na França.
Logo ascendeu ao time profissional do São Paulo Futebol Clube, sendo o titular da camisa de número 7, campeão sul americano em 74, vice-campeão da Copa Libertadores da América em 75 e campeão paulista do mesmo ano. A sua forma de jogar lembrava muito o furacão da copa de 70, Jairzinho.
De repente, em 1976 esse craque foi trazido para jogar apenas por poucos meses no Botafogo da Paraíba, na função de centro-avante, junto com Kalú, Lucas, Reinaldo, Vandinho e outros jogadores daquele ano maravilhoso do Belo.
Foi uma jogada de mestre do empresário e inesquecível José Flávio Pinheiro de Lima, um desportista bem a frente de sua época. Naquele ano o Botafogo não só conquistou o bi-campeonato paraibano como teve o seu maior camisa nove de toda a sua história. A torcida delirava! E os adversários tremiam em campo.
Boa estatura e vigor físico. Habilidade com as duas pernas, velocidade e domínio de bola extraordinário. Excelente visão de campo e de jogo. Mauro foi um atleta no sentido amplo da palavra. E para coroar a sua meteórica e frutífera carreira em nosso solo, o alvinegro da estrela vermelha possuía o ponta de lança Reinaldo, um experiente jogador, de passes refinados e milimétricos para juntos formarem uma sintonia impecável entre a bola e dois atacantes já visto em nossos gramados. Falam os entendidos que a própria bola saia contente do jogo, tamanha era a beleza dos passes tabelados que findavam em gols.
Mas aquela alegria imensurável durou pouquíssimo, pois “Mauro” foi campeão em 76 aqui; em 77 já estava sendo campeão pelo Sport do Recife e, logo após fazer o gol do título do campeonato pernambucano, o nosso artilheiro foi transferido para o Cruzeiro das Minas Gerais.
Mauro Madureira, mesmo jogando aqui por poucos meses, escreveu com tintas douradas e perpétuas o seu nome na belíssima história do futebol paraibano.
