Maria Luzineide Santos levantou 86kg, quatro quilos a mais que a marca anterior, e atingiu o índice para representar o Brasil no Mundial da modalidade, em abril de 2014, nos Emirados Árabes
As primeiras disputas do Campeonato Aberto Internacional de Halterofilismo Paralímpico começaram na manhã desta quarta-feira, 6, no ginásio poliesportivo da Universidade de Fortaleza (Unifor). As primeiras a levantarem peso foram as mulheres das categorias até 45kg, até 50k e até 55kg. E elas fizeram bonito, com a quebra de quatro recordes brasileiros. A competição vai até sábado, 9, em Fortaleza, e vale como seletiva para o Mundial da modalidade, em Dubai, nos Emirados Árabes, em abril do ano que vem.
A paraibana Maria Luzineide Santos de Oliveira (até 45kg) foi uma das atletas a bater recorde brasileiro na capital cearense. No halterofilismo desde 2004, a atleta de 39 anos levantou 86kg, quatro a mais que a marca anterior, 82kg, e atingiu o índice para disputar o Mundial em Dubai.
Na competição, os halterofilistas brasileiros estão sendo avaliados pela comissão técnica e terão de cumprir determinadas metas para cada categoria. Os que alcançarem o objetivo serão convocados para uma semana de treinamento em Uberlândia, em janeiro, quando serão reavaliados e terão de manter a performance apresentada em Fortaleza. Os que confirmarem o alto nível competitivo, carimbam passaporte para Dubai, com direito a participar do Aberto da Hungria, também em janeiro.
Com a primeira meta atingida, Maria Luzineide afirmou que não pretende folgar durante as festas de fim de ano, justamente para chegar na semana de treinamento em Uberlândia forte e bem treinada. “Cheguei nesta competição com a meta dos 86kg. Estava sonhando com pesos, de tão focada”, brincou.
“Desde 2004, o recorde brasileiro desta categoria (até 45kg) é meu. Sempre me esforço muito para superá-lo nas competições. Deixei minha filha de quatro anos doente em casa para competir. Graças a Deus, consegui”, contou emocionada. Na primeira tentativa do levantamento (80kg), Maria Luzineide, que teve poliomielite aos dois anos e é cadeirante, teve o movimento invalidado pelos juízes. Porém, na segunda, conseguiu 82kg e, na última e terceira chance, bateu o recorde com 86kg.
