Além do paraibano Petrúcio Ferreira, que ganhou medalha de prata no revesamento 4×100, o atletismo dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil ainda teve outros atletas visitando o pódio nesta segunda-feira.
No revezamento 4x100m masculino T42-T47, com o tempo de 42s04, Renato Cruz, Yohansson Nascimento, Petrúcio Ferreira e Alan Fonteles já estavam comemorando a medalha de bronze quando receberam a notícia da desclassificação da equipe americana, que havia ficado em segundo lugar, atrás apenas da Alemanha (40s82).
“A gente começou a comemorar tudo de novo”, disse Alan, que, depois de não conseguir se classificar para as finais dos 100m e dos 200m rasos T44 – prova na qual foi ouro em Londres 2012 –, demonstrava estar ao mesmo tempo feliz e aliviado com a medalha.
Primeiro, o velocista Fábio Bordignon, que já havia ficado em segundo nos 100m rasos T35, novamente subiu ao pódio nos 200m rasos T35. Com o tempo de 26s11, o atleta ficou atrás apenas do ucraniano Ihor Tsvietov, que bateu o recorde paralímpico com 25s11 – o bronze ficou com o argentino Hernan Barreto (26s50).
“Essa é minha primeira paralimpíada pelo atletismo e já conquistei duas medalhas. Se Deus quiser, vou ter uma carreira brilhante. Não tenho palavras para definir esse momento. Ser um medalhista paralímpico é muito importante para mim”, comentou Fábio, 24 anos, que em Londres 2012 era atleta da Seleção Brasileira de futebol de 7, antes de trocar o campo pela pista.
No salto em distância T36, Rodrigo Parreira deixou o ouro escapar por muito pouco. Tanto ele quanto o campeão, o australiano Brayden Davidson, saltaram 5m62, novo recorde paralímpico. Mas o segundo melhor salto de Brayden foi de 5m57, enquanto o de Rodrigo foi na marca de 5m55, o que, pelo critério de desempate, o fez perder por dois centímetros. Aos 22 anos, ele comemorou muito a medalha.
“Foi uma prova bem intensa, fizemos a mesma marca. Teve que desempatar pelo segundo melhor salto, foi acirrada até o fim. Vim aqui fazer o meu melhor. Bati o recorde paralímpico, fiz minha melhor marca do ano e fiquei com a prata. Estou feliz demais”, disse Rodrigo, que já havia conquistado um bronze nos 100m rasos T36.
Outra boa notícia para o atletismo brasileiro foi a classificação de Terezinha Guilhermina para as semifinais dos 200m rasos T11 com o melhor tempo da manhã: 25s07. Jhulia Karol (26s59) e Jerusa Santos (26s60) também passaram para as semifinais, que acontecem esta noite, no Estádio Olímpico Engenhão – a final será nesta terça, 13, à noite. Nos 200m rasos T36, Tascitha Cruz se classificou para a final, que acontecerá na terça de manhã, com o quinto melhor tempo, 31s39. E Mauro Evaristo bateu na trave: ficou em quarto lugar na final do arremesso de peso F42, com a marca de 13m59.
