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Polêmica entre Sport e Flamengo volta

O livro-reportagem Sport x Grande Imprensa: desde 1987, do jornalista Costa Filho, é fruto do Mestrado em Jornalismo Profissional pela UFPB, concluído em 2017. Nas 386 páginas deste trabalho científico, o autor aborda acontecimentos que parte considerável dos segmentos jornalísticos ainda hoje faz questão de manter fora do alcance do grande público. “A cobertura jornalística tendenciosa feita pela denominada grande imprensa – o Grupo Globo, em particular – contribui decisivamente para o processo de tentativa de eternização da polêmica”, afirma o jornalista natural de Catolé do Rocha (PB).


Após minuciosa pesquisa, Costa Filho constatou marcas de monopolização midiática e manipulação das notícias “sempre favoráveis aos clubes do Módulo Verde (Copa União) em detrimento dos times que compunham o Módulo Amarelo”. Como metodologia, o autor fez estudo de análise textual em matérias publicadas nos jornais Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Placar, no período compreendido entre 1986 e 1988.


Ao longo da pesquisa, foram entrevistados mais de 50 jornalistas, historiadores, juristas e dirigentes de clubes e federações. Dentre eles, Carlos Miguel Aidar (primeiro presidente do Clube dos 13) e o ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo no Supremo Tribunal Federal. O trabalho final do mestrado teve orientação do professor Pedro Nunes, PhD em Jornalismo pela Universidade de Barcelona e declaradamente flamenguista.


“Sempre que o imbróglio sobre o Brasileirão 87 vem à tona (como agora, quando o Flamengo conquistou o título de 2019), a grande imprensa posiciona-se favorável ao clube carioca em detrimento do Sport Club do Recife. Por não conhecer a fundo o assunto ou mesmo por má-fé, “profissionais” da área de comunicação emitem as mais esdrúxulas opiniões sem se importar com a observância de um dos pilares básicos do jornalismo: o respeito ao público.


Reportagens que distorcem e manipulam os fatos ocorridos em 1987 não devem ser levadas em consideração. Matérias ditas jornalísticas que omitem uma decisão judicial transitada em julgado não merecem credibilidade. Aliás, a grande mídia só não referenda o veredicto do Supremo Tribunal Federal porque o mesmo ratifica a exclusividade do título do Rubro-Negro pernambucano – este, sim, o único campeão brasileiro de 1987.”

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