Quatro lindas histórias marcantes das Olímpiadas - SóEsporte
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Quatro lindas histórias marcantes das Olímpiadas

olimpíadas vanderleiKerri Strug – 1996 – Atlanta

Em 1996, nas Olimpíadas de Atlanta, a Ginasta americana –  promessa de ouro do seu time –  sofreu uma queda no seu primeiro salto e todos puderam perceber que algo de errado aconteceu com atleta. Quando ela voltou a caminhar para o seu segundo salto – que teria que ser perfeito para que ela pudesse conseguir o ouro, já que o primeiro não foi como esperava – ela mancava e até então sabia-se que o tornozelo da atleta tinha sido gravemente lesionado (mais tarde viríamos a saber que na verdade ela tinha quebrado o tornozelo). A ginasta, com o tornozelo quebrado e o ginásio inteiro gritando por ela, correu, saltou e o improvável: pisou por uma fração pequena de segundos com os dois pés, fincados no colchão. E ela superou a dor, não se importou com o “impossível” e ganhou a medalha de ouro.

Gabriele Andersen – 1984 –  Los Angeles

Em 1984 eu tinha apenas um ano e não me lembro das Olimpíadas, mas a história de Gabriele Andersen é tão bonita que é contada até hoje e conhecida por todas as gerações. Foi o primeiro ano em que as mulheres puderam participar da maratona, pois antes disso eram consideradas incapazes de correr o percurso de quase 43 quilômetros como os homens. A atleta, exausta, por desidratação e com fortes dores musculares entrou no estádio Olímpico para os metros finais quase caindo, sinalizou para os médicos que não queria ajuda e cruzou a linha de chegada. Essa história é linda e fala de motivação e determinação.

Derek Redmond – 1992 –  Barcelona

O britânico não ganhou nenhuma medalha nem subiu ao pódio. Na verdade, o atleta quase não terminou sua prova de atletismo, os 400m rasos. No entanto, seu nome estará para sempre na história do esporte olímpico.  Em 1992 ele chegava nos Jogos de Barcelona bem posicionado, mesmo tendo treinado apenas quatro meses para a ocasião (devido a lesões). No dia da disputa Derek liderava as semifinais quando simplesmente parou de correr no meio da prova, pois tinha rompido o músculo do tendão direito.  Após cair de joelhos e chorar por alguns poucos segundos o atleta se levantou  e continuou. Os médicos se aproximaram para auxilia-lo, mas Derek se levantou, deixou eles para trás e mostrou que queria terminar a prova. E é nessa parte da história que mais me emociono, foi aí que entrou o pai do atleta.  Ele invadiu a pista, após furar o bloqueio, pegou no braço do filho para ajudá-lo a terminar a competição. Essa história é mais do que uma lição de superação é também uma história de amor.

Vanderlei Cordeiro – 2004 – Atenas

Mais uma história de um maratonista, desta vez um brasileiro, e essa eu me lembro bem. O corredor liderava a prova quando a seis quilômetros da linha de chegada foi derrubado por um manifestante religioso que conseguiu burlar a segurança. Depois do que aconteceu, não se esperava que ele conseguisse chegar entre os 20 primeiros, já que com a queda perdeu lugares na competição que é acirrada. Mas ele não desistiu, colocou toda a sua energia, motivação, seguiu em frente e conseguiu chegar em terceiro lugar garantindo a medalha Olímpica –  Ok, não era de ouro, mas era Olímpica. Mais uma história de determinação que mostra que problemas existem mas é perfeitamente possível contorná-los. Vanderlei ainda recebeu como honraria, o convite para acender a tocha olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do rio 2016, no Maracanã.

 

 

 

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