
Batizado como Milton Candoia de Araújo, “Galeguinho”, já naquela época era um jogador que apoiava os companheiros de ataque, e quando foi no ano de 1949, chegou para integrar o elenco do Botafogo da capital, sendo logo efetivado como titular da lateral direita do clube. Naquele ano o então alvinegro sagrou-se tricampeão paraibano. Outros e importantes títulos foram conquistados pelo atleta com a camisa do Belo.
Galeguinho conseguiu, junto com outros grandes laterais direitos, como Lúcio Mauro, Marco Antonio e Vinícius, honrar a camisa de número dois do time mais vezes campeão do estado.
Eficiente na marcação dos adversários, o clássico e ligeiro lateral direito também se destacava em decorrência dos seus passes e cruzamentos precisos e objetivos. O torcedor paraibano gostava de assistir aquele jogador, pequeno na estatura, porém um gigante em raça, classe e determinação.
Ele foi um dos destaques do Botafogo na década de 50, onde grandes jogadores vestiram a gloriosa camisa. Galeguinho também jogou no extinto time do Paulistano e no Campinense Clube. Outra grande contribuição sua foi na antiga Seleção Paraibana de Futebol da FPF, que disputava torneios acirrados com os vizinhos estados. Naquela época não existiam os campeonatos nacionais de clubes.
Seu nome era presença certa em todas as convocações da seleção paraibana e a camisa de número dois era sua. Ele defendia as cores de seu estado com brios e amor. Era uma época em que o atleta se orgulhava da camisa que vestia. Pra ele não era um simples vestuário, era a bandeira da sua Paraíba.
Hoje, com mais de 80 anos de idade, morando no Bairro do Treze de Maio, em João Pessoa, Galeguinho pega as fotografias da época e recorda juntamente com os seus familiares o seu passado de glórias e conquistas vestindo as camisas do Botafogo, do Paulistano, do Campinense Clube e principalmente da seleção paraibana.
