Ele nasceu no dia 04 de outubro do ano de 1941 na belíssima e então pacata cidade de João Pessoa – PB, foi por seus pais registrado com o nome de MARÍZIO COUTINHO DE ARAÚJO, mas para o mundo da bola ele ficou conhecido como o competente árbitro MARÍZIO COUTINHO.
Quando adolescente, no final da década de 50, MARÍZIO COUTINHO teve o privilégio de jogar futebol de campo nos quadros da Associação Atlética Portuguesa – APP, sediada em Cruz das Armas e salão e campo no Estrela do Mar Esporte Clube, este com sede em Jaguaribe. No campo de futebol, ele era zagueiro, no futebol de salão jogava de central. Os seus 1,85 de altura ajudavam no jogo aéreo e fazia o atacante pensar duas vezes antes de tentar o drible. No time do saudoso Frei Albino, ele teve a oportunidade de jogar ao lado de Cajú, Bêta, Hermes Taurino, Martinho e tantos outros.
Ele sagrou-se bicampeão paraibano juvenil, com a camisa da Portuguesa de Cruz das Armas, nos idos de 1958 e 1959, jogando ao lado de Luzinaldo, Nino, Bode de Coco, Rato, Valdo, Adilton, Cobrinha, Betinho, Major e do então desconhecido Chicletes, que posteriormente passou a ser chamado de Moraes e a encantar o futebol português.
Ao ingressar no Exército Brasileiro e por força da profissão, MARÍZIO COUTINHO precisou ausentar-se da sua querida Paraíba por mais de uma década trabalhando na construção da Transamazônica. Mas o futebol o acompanhou por esse país continental, pois carregava um fuzil em uma mão e o par de chuteiras na outra. Quando esteve no Acre, ele jogou na equipe do Juventus local. Quando esteve no Amazonas, ele vestiu a camisa do Fast Club. Em Rondônia, jogou no Moto Clube e no Ferroviário. Quando serviu em Crateús, Ceará, jogou no Cruzeiro local e foi campeão da segunda divisão cearense.
Em 1971, o saudoso Cel. Aulio Nazareno, Diretor do Departamento de Árbitros da antiga CBD e da Cobraf, assessorado pelo polêmico árbitro Armando Marques, ministrou um curso para árbitros em Manaus – AM. O nosso homenageado frequentou o dinâmico curso e concluiu de forma exitosa. Ao retornar ao estado da Paraíba, MARÍZIO COUTINHO passou no concurso de agente fiscal estadual, cargo que exerceu até a sua aposentadoria e ingressou no quadro de árbitros de Futebol da Federação Paraibana. O Sr. Genival Leal de Menezes, então presidente da entidade máxima do nosso futebol, homologou o seu curso de arbitragem e ele pôde contribuir com o nosso campeonato profissional por dois anos seguidos. Suas atuações chamaram a atenção da imprensa e do torcedor paraibano, pois ele dominava as regras do futebol e era bastante disciplinador. Hoje, aposentado, ele participou do 4º Encontro dos Desportistas Paraibanos, evento anual da Associação Desportiva e Cultural Causos e Lendas e atualmente é o diretor de marketing da Associação Atlética Portuguesa – AAP, a heroica lusa de Cruz das Armas, contribuindo com suas ideias, experiências e maturidade.
Para nós, cronistas, desportistas e torcedores paraibanos ficou a certeza de que o senhor MARÍZIO COUTINHO DE ARAÚJO, o popular árbitro “MARIZIO COUTINHO”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.
SERPA DI LORENZO