Análise: nova derrota do Botafogo cria roteiro improvável e deixa Brasileirão em aberto - SóEsporte
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Análise: nova derrota do Botafogo cria roteiro improvável e deixa Brasileirão em aberto

Análise: nova derrota do Botafogo cria roteiro improvável e deixa Brasileirão em aberto

O silêncio da torcida botafoguense no quarto gol do Grêmio deu o tom do roteiro inimaginável criado pelo próprio time na reta final do Campeonato Brasileiro. O Botafogo vencia por 3 a 1, mas cedeu a virada por 4 a 3 para o Grêmio na noite da última quinta-feira, em jogo válido pela 33ª rodada, em São Januário. Além de ser a quarta derrota seguida do time de Lúcio Flávio, que queimou a gordura adquirida ao longo dos últimos meses, o resultado colocou o time gaúcho na disputa pelo título.

Esse foi o segundo jogo em casa que o time sofreu “apagão”, a virada e, consequentemente, a derrota. Uma semana antes havia sido outro adversário direto, o Palmeiras. Agora, foi a vez do Grêmio, de Suárez, que marcou três gols. Todos eles pelo lado esquerdo de defesa do Botafogo, que teve Marçal, capitão, no banco e Hugo como titular. Eduardo também ficou na reserva, e deu lugar a Danilo Barbosa, que foi importante na ligação entre a defesa o ataque.

Mas não era o dia do zagueiro Victor Cuesta. O argentino, que atua pelo mesmo lado na zaga, sofreu com as investidas do atacante uruguaio. Assim como Lucas Perri, mal posicionado no gol de empate em 1 a 1, que ficou abaixo das últimas atuações e chegou a ser vaiado no fim do jogo.

Mas antes disso, logo que a bola rolou, o time mostrou ímpeto, principalmente com Diego Costa, que recebeu a missão de substituir Tiquinho Soares, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Ele aproveitou um bom cruzamento de Hugo, logo aos 5 minutos, e abriu o placar. Aos 28, participou do segundo gol ao chutar contra Grando, que espalmou e entregou para Júnior Santos recolocar o time à frente do placar.

O roteiro que já estava bom para o Botafogo, ao som de cânticos da torcida nas arquibancadas, ficou ainda melhor. Logo no início do segundo tempo, Marlon Freitas ampliou para 3 a 1, em jogada que começou com ele e contou com assistência de Di Plácido.

E proporcional à alegria que tomou o estádio nos gols do Alvinegro, que reacendeu a esperança pela taça do Brasileirão, foi a frustração a cada gol sofrido pelo time tricolor nos minutos seguintes. E a resposta foi imediada do, agora, também candidato ao título.

Gritos de “time sem vergonha” foram ouvidos em coro no estádio. E no semblante dos torcedores, a tristeza de quem vive a ansiedade de um título que não vem há 28 anos. Em campo, o desespero tomou conta dos minutos finais. O time estava animicamente abalado e nada conseguia fazer. Já sem paciência, a torcida vaiava o time.

Agora, o time tem outra difícil missão no caminho. Enfrenta o Bragantino, outro candidato ao topo, no próximo domingo, fora de casa. Se perder, cairá de posição e deixará o primeiro lugar pela primeira vez depois de 30 rodadas. Mas se vencer, reaviva a esperança e mantém o seu lugar. A verdade é que o Botafogo continua só dependendo de si, mas tem o fator mental do elenco e ansiedade da torcida como inimigo nos cinco jogos que restam.

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