Diniz divide "culpa" com o grupo e diz que Fluminense mereceu a final: "Tivemos coragem" - SóEsporte
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Diniz divide “culpa” com o grupo e diz que Fluminense mereceu a final: “Tivemos coragem”

Diniz divide “culpa” com o grupo e diz que Fluminense mereceu a final: “Tivemos coragem”

Foi emocionante. De testar todos os corações tricolores dentro e fora do Beira-Rio. Mas o Fluminense está de volta a uma final da Libertadores. Quinze anos depois, volta ao Maracanã, depois de virada espetacular contra o Internacional na reta final da partida, em Porto Alegre.

A vitória por 2 a 1 sobre o Internacional – gols de John Kennedy com passe de Cano e de Cano com passe de John Kennedy, com Mercado abrindo o placar – classificou o “time de guerreiros” para a decisão marcada para o dia 4 de novembro, no Maracanã. O Tricolor espera o vencedor entre Palmeiras e Boca Juniors, que se enfrentam nesta quinta-feira, em São Paulo.

É o sonho que todo mundo fala. É o sonho de conseguir o máximo que possamos conseguir juntos. Sonhamos juntos. Vamos continuar sonhando – disse Diniz, na coletiva de imprensa.

Na entrevista coletiva, o treinador do Fluminense, Fernando Diniz, falou da classificação e brincou com a frase de Marcelo. Ainda no campo, o lateral-esquerdo disse que a “culpa é do Diniz”.

– Agradeço as palavras do Marcelo, mas a classificação teve muitos culpados. Os jogadores foram brilhantes durante todo o campeonato. Especialmente nos jogos que tivemos um a menos, como contra o Argentinos Juniors. Na semana passada contra o Internacional. Eles mostraram a grandeza. Aqui hoje também. Tivemos dificuldades, saímos perdendo num gol de bola parada, tivemos coragem. Foi uma vitória extremamente justa, da união, da coragem. Vitória da convivência. Um time que sabe viver junto. É um time de grandes campeões, de grandes homens. Não é um time de senior. É um time de grandes homens. O Inter tem um grande técnico, grande time, grande torcida. Na final, vamos ter 50% de chances como o nosso adversário. Como Boca Juniors ou Palmeiras. Claro que jogar no seu estádio ajuda, mas não determina. Mostramos isso no Beira-Rio. Vamos curtir, mas não muito porque domingo tem clássico – disse o técnico do Fluminense.

O treinador fez breve análise da partida e considerou que a equipe teve falhas, mas conseguiu se recuperar dentro do jogo no Beira-Rio lotado.

Erramos mais do que no Maracanã e vencemos o jogo. Existe um componente emocional. O time foi extremamente merecedor dessa vitória. Nos arriscamos, jogamos para cima. Marcamos alto quase que o tempo todo no Maracanã. Essa vaga é extremamente merecida.Vamos corrigir erros táticos e técnicos, erramos mais do que devíamos. O comportamento de gana, de vencer o jogo, de representar essa torcida, é o nosso trunfo – afirmou Fernando Diniz.

“Kennedy vale ouro”

Ao lado de John Kennedy, Diniz cobriu de elogios o garoto de 21 anos. O jogador foi decisivo na partida, ao entrar no segundo tempo. Ele marcou um golaço e deu lindo passe para o segundo gol, de Cano.

Esse menino é um grande vencedor, está se tornando um homem cada vez mais íntegro. Cada vez mais bonito. O futebol perde a rodo talentos como esse no Brasil. Espero de todo o meu coração que ele consiga ter cada vez mais os pés no chão. Pés do tamanho do talento dele. Merece todos os elogios, todos os aplausos. Não é fácil ter a vida que ele teve e se tornar o que está se tornando. O jogador é reflexo do que se tornou como pessoa. Esse menino vale ouro. Além de extremamente talentoso, está se tornando um homem de bem – derreteu-se o treinador do Fluminense e da seleção brasileira.

Emocionado em campo, Diniz respirou fundo na coletiva de imprensa e lembrou-se do retorno ao Fluminense. A aposta do presidente Mário Bittencourt e do diretor de futebol Paulo Angioni, depois de passagem em 2019.

Quando saí daqui, senti que uma hora ia acabar voltando e voltei. Sinto que estou construindo uma história cada vez mais bonita. Não acho que terminou, se não ia embora amanhã. Independentemente do adversário que a gente tiver, será tarimbado, dificil, para ser campeão da Liberadotes. Agora é se preparar para o jogo do fim de semana (clássico com o Botafogo) – comentou Diniz.

Outros trechos da coletiva de Fernando Diniz

Alteração

Chamei o Yony já no primeiro tempo. Precisávamos fazer um gol, empatar. O time ia ficar mais exposto. Em 2019, eu que liguei para ele, vi o jogo na final da Sul-Americana, contra o Athletico. Criamos uma relação.

Agora é o momento de celebrar. Ter o pé no chão, mas celebrar o que aconteceu hoje. Já falei mais de uma vez que sou contido na vida particular, mas espontâneo como treinador.

Dificuldade da classificação

O Inter tinha muitas armas. Jogar aqui é difícil. Eles começaram muito ajustados. No segundo tempo fomos melhor e buscamos o resultado. Tenho muito respeito pela instituição e pelo time. O treinador (Coudet) é muito qualificado.

Diniz humano

Relações são fundamentais sempre. Não é só pra ganhar o jogo. Temos que estabecê-las com mais profundidade, mais vínculo. Vai ser sempre um pilar central do meu trabalho. Não é só porque ganhamos o jogo. Poderia ter perdido. O Fábio também não mereceria. Hoje foi uma vitória muito merecida. É uma pessoa com quem a gente aprende todo dia.

Confusão com Coudet

Não vou entrar muito nesse detalhe [confusão com Coudet no final do jogo]. O Lucho, auxiliar dele, então, eu gosto muito mais. Tenho um carinho muito grande. Desejo uma carreira vitoriosa para ele e para o Lucho.

Erros de Valencia x eficiência de Cano

Não vou responder essa pergunta. A minha resposta é que o Enner Valencia é um excelente jogador, de Copa do Mundo. O cara que mais teve mérito para colocar o Internacional como semifinalista. Assim como nós temos Cano e John Kennedy. O time não perde por causa de um jogador e se o Internacional passasse seria merecido também.

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