A etapa nacional das Paralimpíadas Escolares de 2023 chega nesta semana ao Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com a participação de 1800 alunos-atletas dos 26 estados e do Distrito Federal em disputas de 13 modalidades.
Realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o maior evento esportivo para crianças e jovens com deficiência do mundo começam na terça-feira, 28, com a cerimônia de abertura, às 17h30, também no CT. Já as competições vão de quarta-feira, 29, até sexta, dia 1º de dezembro.
O número de inscrições para a edição deste ano supera as 1.300 registradas no ano passado, a maior quantidade de crianças e adolescentes até então.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o evento tem entre seus objetivos servir como um indutor da renovação das Seleções Brasileiras. “As Paralimpíadas Escolares proporcionam a identificação dos alunos que serão os futuros atletas representantes do Brasil nos Jogos Paralímpicos. É uma proposta muito audaciosa de renovação”, afirmou.
“Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, tivemos como destaque alunos da Escola paralímpica de Esportes ]projeto de iniciação esportiva do CPB para crianças e jovens com deficiência] que participam das Paralimpíadas Escolares, como a nadadora Alessandra Oliveira, 15, ouro nos 100m peito da classe SB4 (comprometimento físico-motor). Em 2028, nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, vamos ter ainda mais revelações esportivas”, completou.
A maior concentração de participantes será no atletismo, que recebeu 912 inscrições. A seguir, vem a natação (336), o tênis de mesa (97) e a bocha (80). Também haverá disputas de badminton, com 73 alunos-atletas, judô (66), futebol PC (57), goalball (52), vôlei sentado (50), halterofilismo (26), basquete em cadeira de rodas (23), futebol de cegos (18) e tênis em cadeira de rodas (13).
A etapa Nacional da competição acontece após três regionais, em Belém (PA), de 9 a 11 de agosto, Brasília (DF), de 30 de agosto a 1º de setembro, e São Paulo (SP), de 6 a 8 de setembro, com disputas de atletismo, natação e bocha. Nessas regionais, foram selecionadas modalidades que possuem um grande número de inscritos na fase nacional.
Os três primeiros colocados nos regionais de atletismo e natação se classificaram automaticamente para a Fase Nacional. Já na bocha, os dois primeiros, por gênero, obtiveram a vaga.
Em Belém, a delegação do Pará foi a campeã daquela regional. Já em Brasília, a equipe de Minas Gerais somou mais pontos e ficou com o título da segunda etapa do ano. Já a regional de São Paulo foi vencida pela equipe paulista.
Organizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2006, com exceção de 2008 e 2020, as Paralimpíadas Escolares são o maior evento esportivo para crianças e jovens com deficiência em idade escolar do mundo. Talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47), bicampeão paralímpico e tri mundial; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata nos Jogos de Londres 2012, bronze no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020; a mesatenista Bruna Alexandre, bronze nos Jogos do Rio 2016 e prata nos Jogos de Tóquio 2020, entre outros.
No ano passado, o Estado de São Paulo terminou como o campeão geral das Paralimpíadas Escolares. Foi o 10º título do estado desde 2006, ano em que o CPB organizou a primeira edição dos Paralímpicos do Futuro, evento que ocorreu até 2007 e antecedeu as Paralimpíadas Escolares, nome adotado a partir de 2009.