Fonte da juventude? Aos 38 anos, Marta caminha para melhor temporada nos EUA desde 2017 - SóEsporte
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Fonte da juventude? Aos 38 anos, Marta caminha para melhor temporada nos EUA desde 2017

Fonte da juventude? Aos 38 anos, Marta caminha para melhor temporada nos EUA desde 2017

O segredo talvez nem ela mesma saiba. Mas parece que a camisa 10 Marta encontrou a fonte da juventude em 2024. Aos 38 anos, a craque brasileira vem derrubando, jogo a jogo, marcas que há algum tempo ela não alcançava mais em campo e caminha para fazer sua melhor temporada no. Estados Unidos desde 2017. Neste sábado, ao fechar a vitória do Orlando Pride por 3 a 1 sobre Houston Dash, Marta chegou a sete gols na NWSL. Ela é a artilheira entre as 12 brasileiras que disputam a liga feminina dos Estados Unidos, dois gols à frente da sua colega de time Adriana e de Bia Zaneratto, do Kansas City Current.

Com dez gols este ano, incluindo os três marcados pela seleção brasileira, Marta já superou os nove de 2019 (seis pelo clube e três com a camisa do Brasil). Também em outras estatísticas pessoais relevantes, como jogos e minutos em campo pelo Orlando Pride, Marta tem tudo para terminar 2024 atrás apenas da sua temporada de estreia no clube, sete anos atrás.

“Foi um gol incrível. O time todo estava indo para o ataque, e ela fez tudo sozinha. Ela é incrível – comentou a também brasileira Angelina, sua colega no Pride e na seleção, após a partida de sábado.

O gol marcado aos 46 do segundo tempo, após uma arrancada em que deixou duas adversárias para trás, mostra que o fôlego da meia-atacante está mesmo em dia. Titular absoluta do Orlando Pride, Marta soma 1.498 minutos em campo este ano pela NWSL, com 19 partidas disputadas (16 como titular). Superou contra o Houston Dash os 1.446 de 2023, ainda com quatro jogos para fazer na temporada regular. Faltam justamente 90 minutos – mais uma partida, portanto – para ela chegar aos 1.588 de 2021.

Em 2017, 13 gols em 24 partidas no Pride

Em 2017, quando chegou do Rosengard, da Suécia, aos 31 anos, Marta teve o que é até hoje seu melhor desempenho no Pride em gols marcados (13), jogos (24, sendo 22 como titular) e minutos em campo (2.020). O time foi terceiro colocado na temporada regular, mas acabou eliminado na semifinal.

O Orlando Pride nunca mais chegou aos playoffs da NWSL. Até este ano. Primeiro a garantir vaga nas quartas de final, o time de Marta e das também brasileiras Adriana, Angelina, Rafaelle e Luana é o líder disparado da fase classificatória de 2024, com 54 pontos, sete à frente do Washington Spirit. Já garantiu um recorde – 23 jogos de invencibilidade – e se aproxima de outras marcas históricas na liga americana.

Com 16 vitórias, faltando quatro jogos para o fim da temporada regular, além dos playoffs, o Pride tem tudo para igualar e mesmo passar o recorde de 17 vitórias do North Carolina Courage em 2018. O time de Marta já é recordista em vitórias consecutivas, com as oito alcançadas logo no início da temporada. E o próximo jogo, domingo, contra o vice-líder Washington Spirit, pode garantir antecipadamente a taça inédita da NWSL Shield, dada ao líder da temporada regular.

Marta e Banda têm metade dos gols do time

Uma transformação e tanto para o time que, ano passado, ficou a uma vaga dos playoffs, perdendo a classificação no saldo de gols para o Gotham FC, que acabaria campeão. A chegada da atacante Barbra Banda, da seleção de Zâmbia, elevou o nível da equipe este ano. E Marta cresceu junto.

A dupla de ataque formada pela brasileira de 38 anos e a zambiana de 24 é responsável por 20 gols na NWSL, metade dos 40 feitos pela equipe.

“É muito fácil jogar com essas jogadoras. Nós conseguimos bons espaços, nós procuramos umas as outras, isso torna tudo mais fácil – disse Angelina após a vitória sobre o Houston Dash.

Torcida marca presença

Buscar o recorde de melhor ataque da NWSL – 54 gols feitos pelo Courage em 2019 – não será fácil. Mas a melhor defesa da história da NWSL, caminha para ser do Orlando Pride, com 13 gols sofridos, quatro a menos do que os 17 do recordista Washington Spirit de 2018. O desempenho defensivo já alcançou uma meta inédita na liga americana: 554 minutos seguidos sem levar gol, recorde batido neste sábado.

O jogo contra o Houston Dash também confirmou a conexão do Pride com a torcida: 17.087 torcedores viram a partida de sábado, segundo maior público da história da equipe.

“No início da temporada, uma das nossas metas era ter mais torcedores vindo nos ver jogar em casa. É nosso dever entregar o melhor desempenho, e as jogadores estão dando absolutamente tudo em campo. Elas estão indo muito bem e é algo que eu não consigo expressar em palavras – disse o técnico Seb Hines.

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